Do Partido na consciência de classe – Conselho Operário do Partido
Resumo
Tratamos neste artigo de uma pesquisa teórica, exploratória com abordagem dialética com base na crítica do ensaio: Consciência de Classe dentro da perspectiva do livro seminal de Lukács, História e Consciência de Classe, apoiado em obras do próprio Marx e Engels, sobre a problemática da consciência de classe, e possíveis impasses para sua sublevação da consciência e de uma organização do proletariado em Partido. Nesta leitura, a partir do conceito marxista de consciência de classe, entendemos que à luz de 1923, e, portanto, no pós-revolução de 1917, Lukács depositava no Partido um papel pedagógico, de formação da consciência reificada do proletariado em consciência de classe. Como um testamento, Lukács dava instruções de que o Partido revolucionário deveria: explorar as contradições e da acumulação do capital; entender pela mediação que a consciência de classe é o reflexo da situação no processo de produção, e quais são as classes intermediárias na luta de classes; resgatar o método dialético como a forma correta de teoria à interpretação da ação correta na realidade. E, por fim, saber arrolar as classes intermediárias para sabotar e mitigar a burguesia. Como conclusão, há um problema concreto que não passa ao largo do filósofo hungáro: que mesmo com a consolidação de sua consciência de classe, o proletariado ainda está suscetível à concepção reificada, e que por isso, defende a possibilidade da mesma ser superada por um trabalho árduo de organização nas fileiras do Partido.