Haiti: identidades e representação

  • Alex Donizete Vasconcelos Universidade Federal de Goiás
Palavras-chave: América Latina, representações sociais, discurso, literatura, barbárie.

Resumo

Pensar o Haiti, tendo como parâmetro a literatura produzida sobre seu povo, história e costumes, é pensá-lo sob os estigmas da Revolução Negra, do Vodu Haitiano e da tirania de seus governantes, de Jean-Jaques Dessalines a Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc. São esses os marcos referenciais que, via de regra, pontuam a parca literatura produzida sobre o Haiti, principalmente no Brasil. Sobressai portanto a representação barbaresca de um país e de um povo que, antes de tudo, foi, e continua sendo, um primoroso exemplo do que pôde a “civilização” através, antes de mais nada, do jogo das trocas simbólicas, analisado aqui sob os auspícios dos representações sociais e dos constructos identitários daí resultantes. O Haiti não é fruto da barbárie, é antes, o extremo limite da barbárie civilizatória que deitou, com seu poder de re-apresentar, textual e imagéticamente, as suas armas sob o solo, o povo e a cultura haitiana.

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Biografia do Autor

Alex Donizete Vasconcelos, Universidade Federal de Goiás
Departamento de História - Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Goiás. Atualmente cursando o segundo ano do mestrado e desenvolvendo uma pesquisa cujo título é Bon Bagay: conformação das identidades e representações haitianas sob a égide dos ‘peacekeepers’ brasileiros (2004-2009), sob a orientação da Profa Dra Libertad Borges Bittencourt, da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás.
Publicado
2010-01-20
Como Citar
Vasconcelos, A. D. (2010). Haiti: identidades e representação. Revista Urutágua, (20), 38-51. https://doi.org/10.4025/revurut.v0i20.7541