A questão da agonística grega e suas influências na formação da cultura ocidental

  • Renato Nunes Bittencourt PPGF-UFRJ
Palavras-chave: Competitividade, Criatividade, Justiça, Helenismo, Nietzsche.

Resumo

Este texto aborda a influência do espírito de competitividade grega – a agonística – ao longo da obra de Nietzsche, não apenas em seus escritos helenísticos, mas também nas suas obras de maturidade. Pretende-se analisar a importância que o filósofo alemão concede para esta disposição, cuja máxima expressão teria sido alcançada através das obras de Homero, Hesíodo e Heráclito. A agonística preconiza a constante superação de forças entre os homens, tendo como meta o desenvolvimento de obras que possibilitassem a afirmação da excelência humana e a superação de uma visão de mundo pessimista, decadente, em prol da afirmação da beleza e da glória, tornando-se, conseqüentemente, um dos grandes temas da filosofia de Nietzsche: a criação de valores afirmativos da vida através da interação de forças que garantem a vitória contra a inércia e a fraqueza dos instintos vitais. A presença do tema da competitividade na obra dos pesquisadores helenísticos reforça ainda a sua importância cultural para a compreensão imanente da filosofia.

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Biografia do Autor

Renato Nunes Bittencourt, PPGF-UFRJ
Doutorando em Filosofia do PPGF-UFRJ/Bolsista do CNPq
Publicado
2010-09-17
Como Citar
Bittencourt, R. N. (2010). A questão da agonística grega e suas influências na formação da cultura ocidental. Revista Urutágua, (22), 14-30. https://doi.org/10.4025/revurut.v0i22.9308