POTENCIAL ALELOPÁTICO DE MANGA (Mangifera indica L.) E SEUS EFEITOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO MILHO (Zea mays L.)
Resumo
A Mangifera indica L. (Anacardiaceae) é uma espécie exótica, de origem do sudeste da Ásia e da Índia e apresenta efeitos alelopátios. O objetivo do estudo foi avaliar o potencial alelopático do extrato aquoso de folhas secas de M. indica sobre a germinação e o desenvolvimento inicial do milho (Zea mays L.), com o objetivo de compreender sua viabilidade em sistemas agroflorestais. Os extratos foram preparados nas concentrações de 2,5%, 5%, 7,5% e 10% p/v, a partir da infusão de 100 g do pó em 1 L de água destilada, com repouso por 4 horas. Inicialmente, utilizou-se a cenoura (Daucus carota L.) como espécie bioindicadora para o potencial alelopático e para o efeito, sementes de milho (Zea mays L.). Foram conduzidos testes de germinação com quatro repetições de 50 sementes por tratamento, em papel Germitest® umedecido com as soluções, mantidos em B.O.D. a 25 °C por 7 dias. Também foi realizado teste de desenvolvimento inicial. Os experimentos foram em delineamento inteiramente casualisado. Avaliou-se a porcentagem de germinação (PG), o tempo médio de germinação (TMG), índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento médio da raiz (CMRA) e parte aérea (CMPA) e massa seca de raiz (MSRA) e parte aérea (MSPA). Os extratos não afetaram significativamente a PG e o TMG do milho, mas causaram atraso na germinação inicial e redução no IVG nas concentrações mais altas. Observou-se inibição significativa do crescimento radicular a partir de 5% de concentração, com redução progressiva do CMR conforme o aumento da concentração do extrato.