https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/issue/feedRevista Brasileira de História da Educação2025-08-26T01:23:18+00:00Comissão Editorialrbhe.sbhe@uem.brOpen Journal Systems<p>A <strong>Revista Brasileira de História da Educação (RBHE)</strong> é a publicação oficial da <a href="http://www.sbhe.org.br/">Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE</a>). A política editorial segue a comunicação de pesquisa no <em>modus operandi</em> de Ciência Aberta e circula nos meios acadêmicos nacional e internacional desde 2001. O periódico adota a publicação contínua de artigos inéditos resultantes de pesquisas que abordem temas associados à história e à historiografia da educação. A RBHE tem como objetivos a ampla circulação do conhecimento e a promoção da discussão sobre os diferentes problemas que permeiam o campo de pesquisa e ensino da história da educação, a partir de uma perspectiva interdisciplinar e plural em termos teóricos e metodológicos. O periódico publica, também, dossiês, resenhas e entrevistas com personalidades de destaque nacional e internacional. A RBHE está indexada no SciELO.</p>https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/71384Makarenko e a formação profissional dos educandos na Colônia Gorki2024-10-13T14:10:36+00:00Angela Mara de Barros Laraangelalara@ymail.comCezar Ricardo de Freitascezarfreitas@utfpr.edu.br<p align="justify">O objetivo deste artigo é evidenciar como os conceitos de perspectiva e de dimensão pedagógica da economia apresentaram-se como diferenciais da concepção de educação integral de Anton S. Makarenko (1888-1939) na década de 1920 na Rússia, especificamente na Colônia Gorki. Através de uma revisão bibliográfica que situa o autor em seu tempo histórico, buscamos apresentar aqui novas interpretações sobre o tema. O pedagogo ucraniano é conhecido no meio acadêmico, principalmente, pelo desenvolvimento de uma educação pelo e para o coletivo. Porém, ainda se faz necessário analisar melhor as estratégias pedagógicas que deram suporte para essa construção coletiva, como os conceitos de perspectiva e dimensão pedagógica da economia, desenvolvidos pelo autor soviético.</p>2024-10-02T02:29:30+00:00Copyright (c) 2024 Angela Mara de Barros Lara, Cezar Ricardo de Freitas (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/72088Os clubes negros como espaços educadores2025-01-15T21:34:53+00:00Jonatas Roque Ribeirojrribeiro@usp.br<p>O artigo analisa a experiência histórica dos chamados clubes negros como espaços educadores. A partir do estudo da trajetória de uma escola isolada, mista, multisseriada e subvencionada pelo Estado de Minas Gerais, que funcionou entre os anos de 1935 e 1937, criada no interior do Clube 28 de Setembro, na cidade de Pouso Alegre, identifica-se a organização das suas estratégias de escolarização formal, as práticas escolares e a conformação de uma cultura escolar. Discute-se, ainda, os sentidos que a sua comunidade deu aos projetos de ampliação da ideia hegemônica de escola e da escolarização do social e aos processos de definição e extensão dos direitos de cidadania através do acesso à escolarização formal, estruturados pelo Estado. Recorrendo ao diálogo com o arcabouço teórico da história da educação da população negra e com um variado conjunto de fontes, como documentos do poder executivo e legislativo (leis, pareceres, atas), relatórios de inspeção escolar, imprensa e os registros produzidos pelo próprio Clube 28 de Setembro (atas, estatuto e regimento interno), foi possível reconhecer quais formas de contestação racial deram sentido e configuração à forma e cultura escolares dos projetos político-educativos elaborados no âmbito do associativismo negro, na primeira metade do século XX.</p>2024-10-02T02:30:39+00:00Copyright (c) 2024 Jonatas Roque Ribeiro (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/71019Instruindo-se para e pelo divertimento2024-10-13T14:27:43+00:00Leonardo do Gomesleonardodocoutogomes@gmail.comWanderley Marchi Júniorwanderleymarchijunior@gmail.com<p>O presente artigo tem por objetivo analisar as experiências instrutivas formuladas por meio das corridas de cavalos em Curitiba entre os anos de 1873 (momento que um hipódromo é construído) e 1897 (ano em que um novo prado de corridas passa a ser arquitetado). O intuito em específico é investigar os discursos que se apresentaram ao redor dessa dinâmica – sobretudo aqueles relacionados aos posicionamentos que apresentaram indicações da necessidade de adoção de certos comportamentos. Como fontes, foram utilizados jornais publicados na cidade no período em tela. Em termos de conclusão, foi possível considerar que as corridas de cavalos apresentavam instruções de dupla ordem: a prescrição e aquisição de determinadas atitudes e a exigência e fiscalização do aprendizado desses gestos.</p>2024-10-02T02:32:38+00:00Copyright (c) 2024 Leonardo do Gomes, Wanderley Marchi Júnior (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/71677Clientelismo na instrução pública de Minas Gerais na segunda metade do século XIX2025-01-15T21:35:33+00:00Vera Lúcia Nogueiravera.nogueira@uemg.br<p>Inscrito no âmbito da História da Educação, neste artigo, discute-se o modo como a instrução pública se fez presente no contexto das redes clientelares ou de patronagem política do vice-presidente da província, Manuel Teixeira de Sousa, em Ouro Preto. Em diálogo com a História Política, e ancorado nos aportes da História Social das Elites, analisam-se as cartas enviadas ao político, no ano de 1860 e 1861, disponíveis no acervo da Casa do Pilar, em Ouro Preto. Os dados evidenciam que decisões do campo da instrução pública e da educação também sustentaram moralmente práticas clientelares que ligavam grupos políticos, amigos e correligionários que buscavam obter privilégios, considerações, benefícios pessoais para si ou para outrem.</p>2024-10-02T02:33:47+00:00Copyright (c) 2024 Vera Lúcia Nogueira (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/71317Colhendo frutos, consolidando o modelo2024-10-13T14:30:57+00:00Marco Arlindo Amorim Melo Nerymarcoarlindo@hotmail.com<p>Os Aprendizados Agrícolas foram criados a partir do Decreto nº 8.319, de 1910, com o objetivo de formação elementar agrícola. Tais instituições tiveram até o ano de 1934 a concorrência de um outro modelo de ensino agrícola elementar, os Patronatos Agrícolas. Neste artigo, utilizando-me de leis, decretos, regulamentos e relatórios ministeriais, apresento uma reflexão sobre a reforma do ensino agrícola ocorrida em 1934, a qual criou um órgão específico dentro do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio (MAIC) para gerenciar o ensino agrícola, a Diretoria de Ensino Agrícola (DEA). Esta reforma demonstrou uma mudança no pensamento dos que confeccionavam as leis, havendo uma retomada do modelo de Aprendizados, consolidando-o.</p>2024-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Marco Arlindo Amorim Melo Nery (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/71137“O começo, o meio e o começo”2024-11-01T13:39:37+00:00Diane Valdezdivaldez@ufg.brClaudia Panizzoloclaudiapanizzolo@uol.com.brAna Raquel Costa Diasprofa.anaraquel@gmail.comJuliano Guerra Rochaprofessorjulianoguerra@gmail.com<p>Este artigo propõe debater aspectos de uma pesquisa interinstitucional, que resultou na produção do <em>Dicionário de autoras(es) de cartilhas e livros de leitura no Brasil (século XIX)</em>, publicado em 2023 pela Editora Cegraf UFG. Objetivamos problematizar o uso da biografia na História da Educação, debatendo os caminhos metodológicos percorridos na constituição dos verbetes biográficos registrados nessa obra. Ao socializar os percursos para o desenvolvimento do<em> Dicionário</em>, apresentamos dados que explicitam os resultados e as lacunas da pesquisa, pretendendo garantir a divulgação das trajetórias de um projeto extenso, com as dificuldades próprias de uma produção que envolveu oitenta pesquisadoras(es) de várias regiões do Brasil e de Portugal.</p>2024-10-02T02:36:07+00:00Copyright (c) 2024 Diane Valdez, Claudia Panizzolo, Ana Raquel Costa Dias, Juliano Guerra Rocha (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/72202A revista Infância Excepcional (1933-1979)2024-10-24T13:46:33+00:00Esther Augusta Nunes Barbosaaugustaesther@gmail.comAdriana Araújo Pereira Borgesadriana.fha@gmail.com<p>Este artigo analisa os discursos produzidos pela Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais sobre o financiamento do ensino especial, os estudantes ‘excepcionais’ e as suas famílias. Tais discursos foram publicados entre os anos de 1933 e 1979 por meio da revista <em>Infância Excepcional: Estudo, Educação e Assistência ao Excepcional.</em> Para tanto, foi realizada análise qualitativa das doze revistas da coleção, bem como dos outros documentos primários, como cartas e cadernos de anotação de Helena Antipoff. A análise foi desenvolvida a partir da categorização dos documentos e de sua contextualização ao período pesquisado, com uma abordagem teórico-metodológica do relativismo histórico que considera a influência do ambiente histórico e social na seleção e interpretação dos fatos.</p>2024-10-06T17:46:25+00:00Copyright (c) 2024 Esther Augusta Nunes Barbosa, Adriana Araújo Pereira Borges (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/72611As preceptoras na educação oitocentista2025-01-15T21:35:59+00:00Alcione Nawroskialcione.nawroski@gmail.comAna Paula Oliveira da Encarnação ana.bispo.ap@gmail.com<p>O artigo objetiva compreender a educação brasileira oitocentista nas trinta e sete cartas escritas pela preceptora da educação Ina von Binzer durante sua estada no Brasil, entre os anos 1881 e 1883. Atentos à metodologia da história cultural, destacamos, com base em Chartier (1994), que o historiador tem por tarefa oferecer um conhecimento apropriado, controlado sobre personagens, mentalidades e preços, sempre vigilante com seu objeto, uma vez que sua pesquisa poderá possibilitar respostas às inquisições futuras. As cartas de Ina von Binzer nos permitem concluir que, no período em questão, houve pouco investimento na construção e expansão de escolas públicas aos brasileiros. Em vez disso, houve a propagação de uma instrução particular especifica para meninos e outra para meninas, além de um não reconhecimento do direito à educação para pessoas não brancas. Assim, emerge a dualidade educacional que marca a história da educação brasileira</p>2024-10-10T19:02:28+00:00Copyright (c) 2024 Alcione Nawroski, Ana Paula Oliveira da Encarnação (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/71919Instrução pública primária para negros e pobres no noroeste de Minas Gerais no início do século XX2025-01-20T13:23:44+00:00Nádia Bueno Rezendenbr.2203@gmail.com<p class="RESUMO" style="margin: 0cm 0cm 3.0pt 0cm;"><span style="font-size: 10.0pt;">O artigo problematiza a distribuição territorial e as condições das escolas públicas primárias do noroeste de Minas Gerais, nas décadas iniciais da República brasileira. Utilizamos o recorte teórico metodológico proposto por Veiga (2022), que aborda a divisão sociorracial da educação por meio da oferta escolar desigual. Verificamos, por parte do poder público, o privilégio concedido ao Grupo Escolar, localizado na porção urbana, apontada nas fontes documentais como um ponto isolado e excepcionalmente civilizado. Por outro lado, evidenciado pelo fechamento de escolas, não envio de mobiliário e material didático, falta de professores e raridade de visitas de autoridades pedagógicas, verificamos o descuido com a instrução pública das crianças pobres e negras moradoras da vasta região então caracterizada como um sertão selvagem, caracterização construída, inclusive, a partir de um critério racial.</span></p>2024-11-12T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Nádia Bueno Rezende (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/73455A Escola Nova na historiografia da educação na Argentina2025-02-19T00:50:30+00:00Ignacio Frechtelignaciofrechtel@gmail.com<p>Este trabalho de pesquisa tem como objetivo fazer uma contribuição historiográfica ao campo de estudos sobre a Escola Nova. Embora a análise se baseie na bibliografia sobre o caso argentino, considera-se que ela pode ser útil para pensar os processos de renovação pedagógica e sua abordagem pela historiografia em outros países. Para cumprir esse objetivo, foi realizado um exaustivo trabalho de pesquisa bibliográfica a fim de identificar as principais contribuições sobre o tema da Escola Nova no campo da História da Educação na Argentina. Em conclusão, pode-se observar como, com a renovação historiográfica das últimas décadas, a partir da perspectiva de uma história cultural e intelectual renovada, surgem novas possibilidades de investigação, neste caso, sobre os processos de renovação pedagógica conhecidos como Escola Nova</p>2024-12-10T19:02:51+00:00Copyright (c) 2024 Ignacio Frechtel (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/72769O ensino de língua inglesa nos livros didáticos da década de 19702025-02-19T00:50:28+00:00Sofia Boccasofia.bocca@hotmail.comRosa Lydia Teixeira Corrêarosa_lydia@uol.com.br<p>O objetivo deste artigo é analisar o ensino da disciplina de língua inglesa, por meio de livros didáticos da década de 1970, utilizados no Colégio Estadual do Paraná, quanto aos saberes veiculados e suas finalidades. Trata-se de um período de relevância política e ideológica em nosso país, em que foi promulgada a Lei nº 5.692/71, e marcado por estreitas articulações internacionais do Brasil com os Estados Unidos da América. A análise com viés da História Cultural, fundamentada em Chartier (1998, 2002) e Choppin (2002, 2004) para embasar a questão dos livros didáticos, mostrou que os livros adotados seguiam o sistema de instrução programada e o método audiovisual, tratando-se da instauração do ensino tecnocrático.</p>2025-01-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Sofia Bocca, Rosa Lydia Teixeira Corrêa (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/73313Educação popular e resistência na ditadura militar no Brasil2025-02-19T00:50:25+00:00Fernanda dos Santos Paulofernandapaulofreire@gmail.com<p>Este artigo investiga a persistência da Educação Popular (EP) no Brasil durante o regime militar, evidenciando como educadores e movimentos sociais mantiveram práticas educativas mesmo sob repressão. O objetivo é compreender como essas práticas se mantiveram ativas e se transformaram em ferramentas de resistência política e social, perpetuando as ideias de Paulo Freire e outros educadores. A pesquisa, baseada especialmente em análise bibliográfica e documental, explora a atuação clandestina na EP. Além disso, os resultados destacam a importância da solidariedade internacional e a emergência de uma nova categoria: ‘Educação Popular como Rede de Resistência e Transformação Social’, que evidencia a interconexão entre sujeitos e instituições como uma rede de resistência e transformação social.</p>2025-02-03T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Fernanda dos Santos Paulo (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/73876'O Universal pelo Regional'2025-04-14T14:18:37+00:00Marcia Monalisa de Morais Sousa Garciamarciamonalisa@yahoo.com.brAlcides Fernando Gussialcidesfernandogussi@gmail.com<p>Este artigo tem como objetivo analisar a trajetória histórica da política de internacionalização da Universidade Federal do Ceará (UFC), buscando compreender o processo de instituição de uma política de internacionalização na UFC em diferentes períodos históricos e identificar as políticas e estratégias adotadas pela Administração Superior da UFC ao longo do tempo. Para tanto, fundamentamo-nos nas proposições de Mary Douglas (1998) para compreender processos de institucionalização e na noção de trajetória institucional de uma política, desenvolvida por Gussi (2008). Metodologicamente, foram realizadas pesquisas bibliográficas e análises de documentos produzidos pela Administração Superior. A análise da trajetória histórica da política de internacionalização da UFC revela que o desejo de ser internacional surgiu antes da fundação da Universidade, sendo orientada, contudo, por uma perspectiva euro-norte-centrada e que, ao longo dos anos, a política de internacionalização da UFC foi adquirindo variadas trajetórias em distintas gestões e contextos históricos.</p>2025-02-23T21:47:59+00:00Copyright (c) 2025 Marcia Monalisa de Morais Sousa Garcia, Alcides Fernando Gussi (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/74439Cadernos de Orientação Educacional2025-04-14T14:18:57+00:00Walna Patrícia de Oliveira Andradewalnaandrade77@gmail.comJoaquim Tavares da Conceiçãojtc20111@academico.ufs.br<p>Este artigo examina a produção, a composição, o conteúdo e os modelos de orientação educacional nos Cadernos de Orientação Educacional da CADES. 24 cadernos foram identificados, catalogados e transformados em fontes. A análise revela a estratégia do MEC para implementar a orientação nas escolas, acreditando que tais ações melhorariam a integração dos adolescentes nos contextos escolar e social e aprimorariam o ensino secundário. Destaca-se a recepção de princípios de orientação educacional advindos dos modelos norte-americano e francês. Os Cadernos promoveram a mediação entre as teorias e a prática de orientação educacional, disseminando conhecimentos, visando à formação do profissional para atuar como orientador educacional.</p>2025-02-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Joaquim Tavares da Conceição, Walna Patrícia de Oliveira Andrade (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/74543A Escola Normal da Campanha/MG no contexto da transição para a República2025-03-04T21:13:05+00:00Cássio Hideo Diniz Hirocassiodiniz@hotmail.comGabrielle Araújo Figueiredogabrielle.2093543@discente.uemg.br<p>Este artigo apresenta os resultados da pesquisa sobre a Escola Normal da Campanha e o seu papel no contexto histórico local. Buscou-se analisar esta instituição pública de ensino da cidade da Campanha, em sua primeira fase – 1873 a 1890 –, a partir de aspectos políticos e sociais, inserida em um período de disputas por um projeto de Nação, entre o fim da Monarquia e o início da República. Nessa perspectiva, as contribuições teóricas de Edward Thompson foram adotadas para analisar as fontes obtidas por meio de pesquisas em dois centros de documentação: o Arquivo Público Mineiro e o Centro de Estudos Campanhenses Monsenhor Lefort. Com isso, espera-se contribuir, por meio da História Social da Educação, com as novas reflexões em torno da presença da Escola Normal Oficial nessa cidade.</p>2025-02-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Cássio Hideo Diniz Hiro, Gabrielle Araújo Figueiredo (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/73538Uma aluna secundarista contra o Estado Novo em Portugal2025-03-09T21:56:26+00:00Macioniro Celeste Filhomarciocelestefilho@gmail.com<p>Em 1935, no início do Estado Novo em Portugal, na principal instituição formadora de professores do país, a Escola do Magistério Primário de Lisboa, uma aluna secundarista, Carmina de Santa Clara Pinto Ferreira, apresentou conferência na qual defendia um ensino da História em patamares que propiciassem uma visão democrática de mundo. Ela criticou Alfredo Pimenta, historiador ligado ao regime, e foi expulsa dessa escola. É objetivo deste trabalho possibilitar a compreensão de visões de História e, portanto, de sociedade, que conviviam, em meados da década de 1930, com a concepção autoritária de mundo, em implantação crescente pelo Estado Novo. A metodologia utilizada foi a de análise dos poucos textos encontrados sobre o ocorrido. As lacunas documentais foram preenchidas com fontes secundárias, como a imprensa da época e cartas de um dos protagonistas. Isso, em paralelo à pesquisa bibliográfica que deu suporte à compreensão do tema.</p>2025-02-28T02:19:45+00:00Copyright (c) 2025 Macioniro Celeste Filho (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/74590Práticas historiográficas apoiadas nos objetos digitais2025-03-20T14:04:01+00:00Janine Marques da Costa Gregoriojaninemcosta13@gmail.comDavid Antonio da Costadavid.costa@ufsc.brViviane Barros Macielvivianemaciel@ufj.edu.br<p>O presente artigo tem como objetivo evidenciar e analisar novas práticas nas pesquisas históricas, as quais privilegiam a transformação de documentos físicos escritos em objetos digitais. Esta discussão toma como base a História digital, que reflete sobre a incorporação das tecnologias digitais e que emerge como referencial teórico para investigar e compreender arquivos e fontes digitais como registros históricos. Evidenciam-se os espaços de armazenamento de objetos digitais, caracterizados como repositórios digitais, os quais se constituem ambientes próprios para a guarda dos documentos. Apresenta-se, como exemplo, o Livro de Ramon Roca Dordal, disponível no Repositório de Conteúdo Digital da Universidade Federal de Santa Catarina. É possível inferir que o objeto digital está disponível em um local confiável que privilegia a disponibilização de fontes a longo prazo, visto que traços das etapas da curadoria digital e do trabalho com as fontes digitais se tornam possíveis também por meio de <em>softwares </em>como Zotero e Tropy.</p>2025-02-28T20:50:06+00:00Copyright (c) 2025 Janine Marques da Costa Gregorio, David Antonio da Costa, Viviane Barros Maciel (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/74767Uma arte das doses2025-05-10T21:38:07+00:00José Gonçalves Gondragondra.uerj@gmail.com<p>Neste artigo exploro aspectos do chamado Sistema do Ensino Mútuo inspirado em postulações a respeito do poder formuladas por Foucault, condição e recurso para tornar pensáveis os investimentos na planetarização do referido Sistema. No caso, reflito sobre aspectos doutrinários, examinando elementos que permitem analisar o processo de circulação, apropriação e funcionamento do Ensino Mútuo na Capital do Império brasileiro entre 1816 e 1833. Para tanto, destaco a dimensão material e financeira das aulas mútuas, chamando atenção para as demandas de professores e o que se fazia necessário para o bom exercício do ofício e das classes no que se refere aos objetos, espaço físico e serviços. Os três pontos focalizados permitem redimensionar alguns dos princípios orientadores e contornos para sua efetivação, na medida em que se encontram articulados a determinadas condições e relações de poder ativadas no nível do microgoverno das aulas, pautadas na experiência da pedagogia mutualista ocorrida no Rio de Janeiro.</p>2025-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 José Gonçalves Gondra (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/72632As práticas de ensino de Ciências e Biologia na Escola Caetano de Campos 2025-05-21T14:09:04+00:00Renato Barbozarenato.barboza@unifesp.brReginaldo Alberto Melonimeloni@unifesp.br<p>Embora a literatura reconheça que há diferenças entre o currículo prescrito e o praticado, ainda há uma carência de trabalhos sobre a história das práticas de ensino. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é entender a relação entre as concepções de educação da professora Clarinda Mercadante Lima, que atuou na Escola Caetano de Campos, e as práticas pedagógicas que constituíram o currículo das disciplinas de Ciências e Biologia nessa instituição. A análise se apoiou nas noções teóricas do campo da história cultural e nos dados obtidos em duas entrevistas que foram apreciadas por uma perspectiva fenomenológica. Os resultados apontaram para diversas singularidades na prática da docente que podem ser interpretadas a partir das especificidades do seu processo de formação e do contexto cultural no qual ela estava inserida</p>2025-04-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Renato Barboza, Reginaldo Alberto Meloni (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/75102Livros didáticos italianos, propaganda fascista e a identidade italiana no exterior2025-07-06T14:32:36+00:00Renata Briao de Castrorenatab.castro@gmail.com<p>Este artigo analisa o livro didático <em>I fatti degli italiani e dell’Italia</em> (1932), produzido durante o período fascista para as escolas italianas no exterior. A obra, composta por textos e imagens, reflete a intenção do regime de disseminar valores políticos, culturais e ideológicos entre os descendentes de italianos fora da Itália. A pesquisa destaca a organização cronológica do livro, culminando no fascismo como um momento glorioso, e explora como o conteúdo textual e visual reforça a italianidade e o orgulho nacional. Além disso, evidencia o papel dos livros escolares como instrumentos ideológicos e pedagógicos. A análise contribui para o campo da história da educação, mostrando como materiais didáticos foram utilizados para consolidar narrativas nacionalistas e transnacionais.</p>2025-06-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Renata Briao de Castro (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/74086Estratégias dos capuchinhos franceses para educar os tupinambás do Maranhão (1613-1614)2025-06-28T13:36:42+00:00Marinaldo Pantoja Pinheiromarinaldopantojapinheiro@gmail.comMaria do Perpétuo Socorro Gomes de Souza Avelino de Françasocorroavelino@hotmail.com<p>O texto tem por objetivo analisar as estratégias utilizadas pelos capuchinhos franceses para educar os Tupinambás do Maranhão nos anos de 1613 e 1614. Tem como fonte a literatura de viagem, denominada <em>Continuação da história das coisas memoráveis acontecidas no Maranhão nos anos 1613 e 1614</em>, de autoria do frade capuchinho Yves d’Evreux. Para compreender esse processo, o diálogo estabelecido foi com Agnolin (2006), Anchieta (1933), Cardim (1925), Chambouleyron e Bombardi (2011), Daher (1999), Gasbarro (2006), Métraux (1950), Monteiro (2000), Montero (2006), Nóbrega (1988), Pompa (2006) e Viveiros de Castro (2002). As estratégias educativas empregadas pelos Capuchinhos para os Tupinambás representam esforços em adaptar à realidade do Maranhão, experiências missionárias de outras localidades. A devoção a cruz, por exemplo, visava preencher a falta de elementos materiais que direcionasse o nativo à dimensão espiritual, por sua vez, a formação de colaboradores, tinha a finalidade de aumentar o diminuto número de educadores e tentar ampliar o alcance da catequização voltada a formação dos catecúmenos.</p>2025-06-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Marinaldo Pantoja Pinheiro, Maria do Perpétuo Socorro Gomes de Souza Avelino de França (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/75534Estratégias de organização das escolas primárias em Pernambuco2025-07-08T02:51:25+00:00Dayana Raquel Pereira de Limadayana.lima@academico.ufpb.br<p>Este artigo compara as estratégias de organização das escolas primárias em Pernambuco, a partir da materialidade dos Regimentos das Escolas de 1859 e 1876. Por meio da pesquisa documental, e entendendo os regimentos como representações socioculturais, geradores de comportamentos (Chartier, 1990), apresentamos seus aspectos formais e comparamos as estratégias de organização das culturas escolares na documentação (Viñao Frago, 1995; De Certeau 2004). Concluímos que, em fins do século XIX, as autoridades governamentais pernambucanas empreenderam esforços variados na uniformização das escolas primárias, sendo os regimentos dispositivos de modelação e vigilância das condutas dos professores/as e alunos/as dentro das escolas.</p>2025-06-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Dayana Raquel Pereira de Lima (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/74772O ensino técnico e profissional do Brasil de 19262025-08-21T00:10:06+00:00José Geraldo Pedrosajgpedrosa@uol.com.brFernanda Godinho de Souza Aguiargodinhofs@cefetmg.br<p>Artigo referente à história do ensino técnico e profissional no Brasil, em particular à história de discursos produzidos por intelectuais que atuaram a partir dos anos 1920 na inclusão da formação do trabalhador industrial e urbano na pauta nacional. O objeto é o inquérito educacional de 1926 que Fernando de Azevedo realizou quando era colunista do <em>Estadão</em>. O jornal publicou o inquérito em 1926, e a versão completa veio como livro em 1937. O foco do artigo são as pautas adotadas para fazer do ensino técnico e profissional um assunto jornalístico. A abordagem tece nexos entre expressões empregadas, movimentos e ideias que circulavam no Brasil à época. Busca perceber os sentidos que Azevedo atribuía ao trabalho e à técnica na modernização do país.</p>2025-07-12T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 José Geraldo Pedrosa, Fernanda Godinho de Souza Aguiar (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/75213O trabalho pedagógico dos professores no processo de escolarização, entre 1844 e 19102025-07-17T11:46:38+00:00Liliana Soares Ferreiraanaililferreira@yahoo.com.br<p>Aborda-se a historicidade do processo de escolarização e do trabalho pedagógico na atual Lavras do Sul, no Rio Grande do Sul, entre 1844 e 1910, durante a implementação de um sistema público local de educação. Pautou-se o estudo pela Análise dos Movimentos dos Sentidos (AMS), fundamento teórico-metodológico de base dialética. As técnicas de produção de dados foram pesquisa bibliográfica e análise documental. Após, deu-se a análise dos dados produzidos e a sistematização ora registrada. Observou-se que, naquela comunidade, a educação pública foi um projeto lento, impactado por decisões político-partidárias, marcado pela sucessiva alteração do quadro de professores, com remanejamentos frequentes, desestabilizando o trabalho pedagógico e os trabalhadores/as</p>2025-07-16T16:50:24+00:00Copyright (c) 2025 Liliana Soares Ferreira (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/76049Entre cartinhas e catecismos2025-07-28T03:27:21+00:00Luiz Eduardo Oliveiraluizeduardo.dle@gmail.com<p>Este artigo discute o modo como a imposição do alfabeto latino relaciona-se com a expansão imperial portuguesa entre os séculos XVI e XVIII. Para tanto, buscamos analisar os elementos pré-textuais de algumas Cartinhas e Catecismos da época, relacionando-os com a legislação e a historiografia educacional, linguística e cultural referente ao assunto. Concluiu-se que o ensino e aprendizagem do alfabeto, ou das “primeiras letras”, em sentido estrito, no período recortado, foi viabilizado por dois tipos de compêndio pedagógico: Cartinhas e Catecismos, que se relacionam com três momentos da expansão imperial portuguesa: 1) o português na África e na Ásia (1502-1563); 2) a colonização das línguas indígenas e africanas (1563-1757); e 3) a “civilização” dos povos indígenas (1757-1798).</p>2025-07-19T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Luiz Eduardo Oliveira (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/74108Primórdios da formação docente no triângulo mineiro2025-07-22T11:48:05+00:00André Luís Oliveiraandreoliveira@iftm.edu.brGeraldo Inácio Filhogifilho@uol.com.brDécio Gatti Júniordegatti@ufu.br<p>Este artigo é resultado de uma investigação que teve por objeto a Escola Normal de Uberaba no período compreendido entre 1881 e 1905. Trata-se de uma das oito instituições instaladas em Minas Gerais entre 1870 e 1883. Foram analisados documentos inéditos que permitiram identificar precariedades como falta de equipamentos pedagógicos, ausência de edifício próprio, aspectos da metodologia de ensino, disputas políticas, expansão e profissionalização do magistério e os primórdios da coeducação. Por fim, expõem-se as razões que conduziram ao fechamento da primeira instituição de formação e certificação de professores do Triângulo Mineiro, instalada em Uberaba.</p>2025-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 André Luís Oliveira, Geraldo Inácio Filho, Décio Gatti Júnior (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/76386Memória e ethos discursivo2025-08-26T01:23:18+00:00Paulo Renato da Silvapaulo.silva@unila.edu.brNatalia Fuentesnatalia.mariela.fuentes@gmail.com<p>O artigo analisa as representações da memória de Emilia Ferreiro (1937-2023) em obituários publicados no Brasil, México e Argentina, com o objetivo de compreender como diferentes atores sociais, universidades, sindicatos, meios de comunicação e centros de pesquisa constroem discursos sobre sua morte e disputam simbolicamente sua herança intelectual. A partir das contribuições teóricas de Philippe Ariès, Peter Burke, Dominique Maingueneau e Pierre Bourdieu (via Gisele Sapiro), examinam-se os modos como os obituários enfatizam a continuidade de sua obra e sua relevância internacional, em detrimento do luto tradicional. Os resultados demonstram que a memória de Ferreiro se inscreve em um campo de disputas simbólicas, sendo apropriada por distintas instituições para legitimar posicionamentos sobre alfabetização, políticas públicas e identidade institucional.</p>2025-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Paulo Renato da Silva, Natalia Fuentes (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/75326Retratos e registros: magistério e escolas públicas em Iguaçu (1932)2025-05-01T22:49:46+00:00Eliana Santos da Silva Laurentinolaurentinoeliana@gmail.com<p>Resenha de: Dias, A. (2024). <em>Retratos e registros: magistério e escolas públicas em Iguaçu (1932)</em>. Appris.</p>2025-04-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Eliana Santos da Silva Laurentino (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/76614A pesquisa histórica sobre a educação no período da ditadura cívico-militar2025-05-02T11:41:39+00:00Eduardo Lautaro Galakeduardo.galak@unipe.edu.arElizabeth Figueiredo Sáelizabethfsa1@gmail.comRosa Fátima de Souza Chalobarosa.souza@unesp.br<p>A educação foi um dos setores mais impactados pelo regime autoritário instituído em 1964 no Brasil, não somente pela violência, repressão e truculência direcionada a estudantes e professores mas, também, pelos usos que os governos militares fizeram das instituições educacionais e da cultura escolar como instrumento de controle e doutrinação ideológica, além das profundas transformações que imprimiram na estrutura do sistema de ensino com a reforma universitária de 1968 (Lei nº 5.540/68) e a reforma do ensino de 1° e 2° graus (Lei nº 5.692/71), cujas implicações vivemos ainda hoje. O panorama é semelhante, mas não o mesmo, em outros países da América Latina, produto do Plano Condor, que difundiu técnicas governamentais sobre as populações em termos políticos, econômicos e pedagógicos. Um número crescente de pesquisadores tem se debruçado nos últimos anos ao estudo da história da educação no período das ditaduras cívico-militares, interrogando esse período histórico com novas perguntas e a partir de diversas abordagens. Sem dúvida, a renovação do campo da História e da História da Educação tem contribuído enormemente para o alargamento do questionário dos investigadores. A ampliação das fontes de pesquisa, a relação da história com outros campos de saber como a Antropologia, a Psicologia, a Linguística, o olhar para a cultura e as noções de práticas e representações têm fertilizado uma multiplicidade de temas e interpretações (Barros, 2011). Mas o estudo do período da ditadura encerra dificuldades, pois dialoga com o debate político atual e encontra-se imerso nas disputas pela memória. Além disso, está envolto em controvérsias de natureza teórica nos próprios campos disciplinares. O objetivo deste dossiê, ora publicado pela Revista Brasileira de História da Educação, é justamente o de aprofundar o conhecimento sobre o tema e propiciar o debate colocando em questão diferentes análises sobre esse período histórico e suas implicações para a educação.</p> <p> </p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> De acordo com Bauer (2012), a proliferação de memórias particulares e de redefinições de identidades nacionais intensificou-se no final do século XX, com o aparecimento de novas memórias no espaço público derivadas da afirmação de identidades e da busca por reconhecimento de memórias silenciadas. Na França, na década de 1990, surgiu a expressão “dever de memória”, diretamente vinculada à noção de políticas de memória, isto é, “como possibilidade de se reconhecer e reparar episódios traumáticos do passado, como as ditaduras, genocídios, guerras e violações de direitos humanos” (Fernandes, 2022, p. 21).</p>2025-05-01T00:00:00+00:00Copyright (c) https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/72756Território Livre2025-05-02T11:41:39+00:00Bruno Bontempi Júniorbontempi@usp.brNatália Frizzo de Almeidanatfrizzo@gmail.com<p>O artigo narra a ocupação do Colégio de Aplicação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, em outubro de 1967. Com base em documentação produzida pela escola, pelo Departamento de Educação, pela Comissão de Sindicância e em jornais, interpreta o evento como a culminância de diferenças que marcavam as relações entre a escola e a universidade. Apoiado nas considerações de Nora sobre o acontecimento em história, sustenta que, tendo alcançado uma projeção imprevista nos veículos de comunicação, a ocupação ganhou significados políticos mais graves e abrangentes em tempos de ditadura, os quais teriam influenciado a decisão, tomada pelas autoridades da faculdade e da Secretaria Estadual de Educação, de encerrarem uma experiência escolar considerada subversiva.</p>2025-05-01T12:23:00+00:00Copyright (c) 2025 Bruno Bontempi Júnior, Natália Frizzo de Almeida (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/73197Política e educação2025-05-02T11:41:40+00:00Raylane Andreza Dias Navarro Barretoraylane.navarro@ufpe.brLuciano Mendes de Faria Filholucianomff@uol.com.br<p>Entender a relação entre a ação política e a formação de mulheres, forjada em um regime político autoritário, foi o intento da pesquisa que teve como objeto de estudo experiências de mulheres militantes políticas de esquerda que foram presas em Pernambuco durante o regime civil-militar (1964-1985), sob a alegação de subversão. Para tal estudo, foram realizadas pesquisas bibliográfica e documental. As análises indicam que, além dos processos de escolarização, as experiências político-partidárias, o pertencimento a certos estratos sociais, as experiências religiosas e de sociabilidades e, sobretudo, a participação em movimentos sociais foram essenciais para a formação de uma consciência afetiva e moral que reverberou significativamente no combate ao regime autoritário instalado no país.</p>2025-05-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Raylane Andreza Dias Navarro Barreto, Luciano Mendes de Faria Filho (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/72915Ditadura militar e integração das populações rurais2025-05-02T11:41:41+00:00Flávio Anício Andrade flavioandrade.ufrrj@gmail.com<p>Este artigo objetiva discutir a atuação do Programa Diversificado de Ação Comunitária do Movimento Brasileiro de Alfabetização na busca de uma integração de caráter orgânico das populações rurais do Brasil no contexto do projeto de desenvolvimento econômico e do modelo de sociedade edificados pelo regime ditatorial imposto ao país após o golpe civil-militar deflagrado em 1964. Tal programa visou constituir, especialmente entre a população das áreas interioranas, novas formas de sociabilidade através de sua mobilização enquanto comunidade. Tal intuito se realizou em parceria com poderes locais e mesmo com o Exército brasileiro, revelando também seu aspecto de estratégia de contenção social e barreira a possíveis atividades políticas contrárias à ditadura.</p>2025-05-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Flávio Anício Andrade (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/72046O movimento estudantil e os acordos MEC-USAID nas páginas de O Estado de S. Paulo (1962-1970)2025-05-02T11:41:42+00:00Pamela de Mattos Rossipam_mattos@hotmail.comKatya Mitsuko Zuquim Braghinikatya.braghini@gmail.com<p>O objetivo do artigo é apresentar como o jornal <em>O Estado de S. Paulo</em> fez a associação entre o processo dos acordos de ajuda técnica e financeira, denominados acordos MEC-USAID, e o movimento estudantil brasileiro, centralmente representado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), de modo a desmerecê-lo. O artigo entende o jornal como Abramo (2003), que indica que a sua fabricação de consenso acompanha as determinações governamentais e os interesses privados de seus responsáveis. Foram estudados 186 textos, de entre artigos, reportagens e editoriais. O texto desvenda que a associação entre esses dois eventos foi articulada para, simultaneamente, manifestar-se favorável aos acordos e crítico aos manifestos estudantis contrários a eles, principalmente entre os anos de 1967-1968, quando se acirra a discussão pela reforma universitária no Brasil.</p>2025-05-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Pamela de Mattos Rossi, Katya Mitsuko Zuquim Braghini (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/72722Entre a repressão e a resistência2025-05-02T11:41:42+00:00Ana Estela Diamantanadiama@gmail.com<p>On March 24, 1976, the National Reorganization Process began in the Argentine Republic, in a scenario of high political conflict. A Military Junta, following a coup d'état, assumes the government of the country, and will try to monitor and intervene in the behavior of people, institutions and the educational system. It is the purpose to analyze, in this context, the functioning of some pedagogical activities developed in cultural and recreational institutions of the ICUF, which were constituted as spaces of containment and resistance, with projects that offered ‘another’ education, outside the ‘official’ school. A review of some of these experiences is proposed, recovering period documentation and testimonies of participants taking into account the discontinuities that imposed threats, bans, closures, raids, exiles, arrests, disappearances and destruction of archives. This aims to make a contribution that, from the methodological perspective of recent history and oral history, redefines these pedagogical proposals and their impact on the field of the history of education.</p>2025-05-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Ana Estela Diamant (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/72835Professoras universitárias no processo de resistência à ditadura no Paraná2025-05-02T11:41:41+00:00Alexandra Ferreira Martins Ribeiroalexandrafmribeiro@gmail.comValquiria Elita Renkvalquiria.renk@pucpr.brJulia Aliot da Costa Ilkiujuliaaliot@hotmail.comMaria Cecilia Barreto Amorim Pillaceciliapilla@gmail.com<p style="font-weight: 400;">Este artigo trata da participação das professoras universitárias do Paraná, organizadas coletivamente, no processo de resistência à ditadura civil-militar brasileira (1964-1985). O objetivo é discutir as múltiplas formas de organização, astúcia e participação das docentes nas greves, manifestações e mobilizações, a fim de reivindicar melhores condições de trabalho e salário para os profissionais da educação e demais espaços sociais no período ditatorial. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com análise documental. As fontes de pesquisa são os documentos constantes nas Pastas Temáticas de instituições de representação da classe docente e fichas individuais da Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS-PR), no período de 1964 a 1985. Nos documentos, observa-se a astúcia dos docentes para atender às suas reivindicações salariais, profissionais e sociais, mesmo sob a constante vigilância e repressão da DOPS.</p>2025-05-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Alexandra Ferreira Martins Ribeiro, Valquiria Elita Renk, Julia Aliot da Costa Ilkiu, Maria Cecilia Barreto Amorim Pilla (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/73196Um eterno presente? 2025-05-02T11:41:40+00:00Marisa Bittarbittar@ufscar.br<p>Tendo a ditadura militar como objeto de pesquisa desde o meu mestrado, apresento para este dossiê um estudo realizado com estudantes de uma universidade federal brasileira sobre a percepção deles do golpe militar de 1964. A metodologia consistiu em apresentar a um grupo de estudantes, entre veteranos e calouros de Matemática, Química e Pedagogia a seguinte pergunta: “O que 1964 significou para o Brasil?”. Garantido o anonimato, foi solicitado apenas que, se desejassem, indicassem gênero e idade. Todas as pessoas indicaram esses dados sobre si mesmas. Como ferramenta teórica, empreguei a concepção de história como processo vivo e contraditório em si mesmo, dependente tão somente das próprias condições humanas. Além disso, adoto a teoria segundo a qual os três tempos – passado, presente e futuro – convivem, no mesmo instante em que cada ação humana é praticada.</p>2025-05-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Marisa Bittar (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/73216“Liberdade com responsabilidade”2025-05-15T20:31:39+00:00Patrícia Coelho da Costapcoelho@puc-rio.brDaniel Vilaça dos Santosdvilaca@hotmail.com<p>O tema deste artigo é a repressão e a censura das classes secundárias experimentais no Colégio Estadual André Maurois (CEAM) no Estado de Guanabara, implementadas por Henriette Amado durante o período da ditadura militar. A pesquisa de natureza qualitativa usou como fontes os livros de memória de Henriette Amado, as notícias publicadas em periódicos de grande circulação e o inquérito nº 1471 do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) do Estado da Guanabara, instaurado em 1971. A partir da análise do discurso, conclui-se que a continuidade das classes experimentais foi inviabilizada pelo processo de repressão imposto pela ditadura militar, que desqualificou a proposta pedagógica e a considerou como uma ameaça ao regime, causando prisões de estudantes e professores. </p>2025-05-01T22:42:45+00:00Copyright (c) 2025 Patrícia Coelho da Costa, Daniel Vilaça dos Santos (Autor)https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/75256História das emoções e educação para a cidadania (global)2025-04-14T15:11:44+00:00Danilo Romeu Streckstreckdr@gmail.com<p>A entrevista com Ute Frevert ocorreu no seu escritório no Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano, em Berlim, no contexto de um projeto de pesquisa sobre o domínio socioemocional na educação para a cidadania global. Tal como definido pela UNESCO, emoção, cognição e atitudes ou comportamento são as três dimensões na educação de cidadãos e cidadãs capazes de enfrentar os desafios sociais, políticos e ambientais dos nossos tempos em escala local, regional e planetária. Como sabemos pela pesquisa e pela experiência, as emoções desempenham um papel fundamental nessa tríade, embora, por vezes, sejam subestimadas na cultura racionalista. O trabalho de Ute Frevert conscientiza a respeito do caráter histórico e contextual das emoções, ajudando a superar uma abordagem simplista nas práticas pedagógicas. As emoções moldam e são moldadas pela economia, as emoções moldam e são moldadas pela política, tal como moldam e são moldadas por todos os arranjos institucionais que constituem o mundo social. Nessa entrevista, Ute Frevert conduz o leitor pelos meandros da história das emoções, com especial atenção para a sua modelagem no atual contexto histórico.</p>2025-03-09T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Danilo Romeu Streck (Autor)