<b>Pós-colonialismo e representação feminina na literatura pós - colonial em inglês</b> - DOI: 10.4025/actascihumansoc.v28i1.178
Resumo
Analisam-se as personagens femininas nos romances pós-coloniais Crossing the River (1993), de Caryl Phillips; Fruit of the Lemon (1999) e Small Island (2004), de Andrea Levy; Disgrace (1999), de J.M. Coetzee; The Pickup (2001), de Nadine Gordimer; e Purple Hibiscus (2003), de Chimamanda Adichie. O objetivo dessa pesquisa é verificar se, no contexto do status quo do feminismo contemporâneo, há traços comuns e diferenças significativas na representação da mulher feita por autores oriundos de várias comunidades pós -coloniais, que se destacam na literatura pós-colonial escrita em inglês. A metodologia de investigação baseiase em textos teóricos que discutem poder, voz, agência, alteridade e resistência, desenvolvid a por Ashcroft, Bhabha, Said, Spivak, Todorov e outros. Os resultados mostram que os autores estudados ainda contam com o arcabouço patriarcal para materializar a situação da mulher e descrevem uma luta constante para que a mulher possa ser agente na comunidade representada. Parece que todos os autores revelam que a resistência, a qual abrange uma gama extensa que vai da conscientização duramente adquirida, até uma verdadeira tomada de posição, na condição de agente autônomo, pode ser paradoxalmente caracterizada como positiva, ambígua e cheia de questionamentos. Apesar de grandes avanços na condição de a mulher ser agente, constatam-se os resíduos da herança colonial, o patriarcalismo endêmico nas sociedades africanas e caribenhas, as diásporas contemporâneas e as nuanças oriundas da globalização e da tentativa de supressão do multicultura lismo, os quais os autores pós-coloniais insistem em salientar. Concomitantemente, não deixam de representar o poder feminino em novas rupturas e intervenções pelas quais a mulher surpreende o patriarcado e toma seu lugar autônomo no mundo contemporâneo.Downloads
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