A interpretação metapsicológica do fascismo na abordagem freudo-adorniana
Resumo
Nos rumos desse artigo, aborda-se como objetivo central a compreensão do discurso fascista através da abordagem freudo-adorniana. Para tal, toma-se como base a alegoria mito-política presente em ‘Totem e tabu’ (Freud, 1990) e nos demais escritos freudianos como ferramenta de ilustração da natureza libidinal que organiza os vínculos sociais modernos. A adesão social aos signos tanáticos do fascismo é compreendida com base no viés das latências fantasmáticas que se inserem no corpo político, instigando ligações objetais de assujeitamento a um poder soberano análogo aos estabelecidos no regime da horda primeva. A imortalidade do pai que subsiste enquanto instância latente, o sentimento de culpa pelo parricídio coletivo e a consequente dívida simbólica paga através da moeda libidinal são apresentados como balizadores centrais na economia sexual do fascismo, com o propósito de restabelecer um tempo primeiro da organização social cunhada na barbárie e no masoquismo primordial em relação a um pai real.
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