
Esta edição do Boletim de Conjuntura Econômica traz a análise do comportamento da economia brasileira no segundo trimestre de 2007 e fechamento, também em termos de números dos indicadores e análises, do primeiro semestre do mesmo ano, em relação às áreas Fiscal, Monetária, Preços, Setor Externo, Conjuntura Agropecuária e das principais variáveis que medem a atividade econômica do país.
Observa-se nos períodos analisados que – igualmente o que vêm sendo registrados em nossos boletins mais recentes – o país vem apresentando um cenário bastante favorável na maioria de seus indicadores.
As Contas Públicas continuam tendo como destaque o aumento das receitas e mantida a elevada carga tributária. Pesa contra essa performance favorável, ainda o elevado custo da dívida pública observando-se um crescimento em ritmo acelerado na Dívida Mobiliária Federal.
Na Política Monetária, destaca-se em primeiro plano o processo de redução gradual nas taxas de juros (SELIC e de mercado). E também a evolução positiva da oferta de crédito, tanto para as pessoas físicas como para as pessoas jurídicas.
No Setor Externo, vemos a continuidade do seu bom desempenho conforme já observado anteriormente, mantendo, ainda, saldos comerciais em níveis elevados. No entanto, perdendo força em face do crescimento proporcionalmente maior das importações em relação às exportações, influenciando a apreciação cambial verificada no período.
Todo esse quadro favorável dos indicadores, somado ao crescimento das atividades na indústria e no comércio, com reflexo na redução da taxa de desemprego, impulsionou o crescimento do PIB no semestre com alta de 4,9% no período e de 5,4% no segundo trimestre comparado com o mesmo período do ano passado. Este foi o melhor resultado dos três últimos anos, puxado principalmente pela indústria, investimento do setor produtivo e consumo interno.
Neste Boletim consta para o segundo trimestre apenas uma análise prospectiva do PIB uma vez que somente hoje, no seu fechamento é que temos a publicação pelo IBGE.
Por final, a evolução da taxa do crescimento do PIB juntamente com os outros indicadores, de certa forma, faz gerar uma expectativa mais otimista em relação à tendência futura da economia brasileira. Contrapõe-se, no entanto, a recente pressão de crescimento dos preços dos bens e serviços, demonstrado pelos principais índices analisados, o que leva a sinalizar um possível aquecimento da demanda, principalmente de bens de consumo e alimentos o que, somado com a elevação dos preços internacionais das commodities, começa a preocupar as autoridades econômicas do governo.