A NECESSIDADE DOS ESTUDOS GEOGRÁFICOS DA ESCOLA PÚBLICA E DOS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM: UM EXEMPLO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

Resumo

O objetivo desse trabalho é o de estabelecer aproximações entre as áreas Geografia e Educação, destacando leituras geográficas como ferramenta analítica no contexto da formação de professores. Abordamos uma escola pública no município de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, tendo como referência suas geograficidades. Evidenciamos o que o movimento da empiria pode revelar, assumindo um procedimento teórico-metodológico convergente que, ao dedicar-se a temáticas como escola pública, família, professores, crianças, alunos, infância, gestores educacionais e processos de ensino e aprendizagem, se consubstancia pela perspectiva espacial, entendendo essa mirada como aquela que se inicia pelos aspectos locacionais, distributivos e de coexistência portados pelos fenômenos. Nesse sentido, dialogando com aportes de pesquisadores como Moreira (2006; 2014), Thompson (1981), Bourdieu (2007) e Santos (2014), lidamos com uma articulação conceitual – lugar, experiência, território, escala geográfica – que desvela ao leitor a possibilidade de reparar as fecundas relações considerando o local do futuro (ou atual) exercício da profissão docente. O resultado esperado é a demonstração da dimensão topológica das relações que, realizadas por diferentes identidades culturais e controladas institucionalmente pelo Estado por meio da escola, constroem uma Geografia específica, condição essencial nos estudos sobre a formação de professores.