CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA DAS PASTAGENS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO VERMELHO (GO), BIOMA CERRADO, BRASIL

  • Pablo Santana Santos Professor Adjunto da Universidade Federal da Bahia
  • Laerte Guimarães Ferreira Professor Associado da Universidade Federal de Goiás.
  • Ítalo Luiz Corrêa Lenzi Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais (PPGCFA) da Universidade Federal de Mato Grosso.

Resumen

A expansão da atividade agropecuária no cerrado brasileiro representa hoje mais da metade da área total deste bioma, onde a conversão das áreas naturais em pastagens cultivadas foi a principal dinâmica mais evidenciada.Tais transformações tendem a resultar em padrões espaciais distintos quanto ao comportamento biofísico das principais formações vegetais existentes, os quais podem ser identificados e discriminados através dos vários produtos de sensoriamento remoto disponíveis, e trabalhos de campo. O presente trabalho, ao utilizar a bacia hidrográfica do rio Vermelho como unidade experimental do bioma Cerrado, teve como objetivo principal realizar uma análise biofísica das pastagens, a partir de coletas de campo (biomassa e espectroscopia) e uma ampla base de dados de satélite. A partir de 1985, houve um expressivo avanço das pastagens cultivadas sobre as pastagens naturais e em 2006, as espécies exóticas representavam aproximadamente 91,3% do total das pastagens presentes na área de estudo. A distribuição das pastagens cultivadas e naturais está associada a fatores edafoclimáticos locais, como características de solo (profundidade/pedregosidade) e disponibilidade hídrica, os quais explicam a ocorrência da maioria das espécies forrageiras. Há uma correspondência entre a biomassa verde encontrada no período seco para as duas categorias de pastagens, ao contrário do observado no período chuvoso. Entretanto, tendo por base as imagens biofísicas sazonais de resolução espacial moderada (MODIS), não é possível separar entre pastagens nativas e cultivadas.

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Biografía del autor/a

Pablo Santana Santos, Professor Adjunto da Universidade Federal da Bahia
Doutor em Geografia (Análise Ambiental e Tratamento da Informação Geográfica) pela Universidade Federal de Goiás - UFG/LAPIG (2014). Possui Mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE (2007), e Graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2003). Atualmente é Professor Adjunto de Sensoriamento Remoto do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia.
Laerte Guimarães Ferreira, Professor Associado da Universidade Federal de Goiás.
Graduado em Geologia pela Universidade de Brasília (1990), especialista em sensoriamento remoto pela UNESP / Rio Claro (1990), mestre em Geologia Econômica pela Universidade de Brasília (1993), doutor em Ciência do Solo / Sensoriamento Remoto pela University of Arizona (2001). Em 2011, durante período sabático, foi cientista visitante junto ao Center for Space Research / University of Texas at Austin. É professor Associado da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde participa, na condição de membro permanente, do Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia (vinculado ao Instituto de Estudos Sócio-Ambientais) e do Programa Multidisciplinar em Ciências Ambientais (do qual foi coordenador no período de 06/03/2006 a 06/03/2008. Um dos seus trabalhos orientados neste programa recebeu a Menção Honrosa do Prêmio Capes de Tese - Edição 2010, área interdisciplinar). Em 1995, criou (e coordena) o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (LAPIG \ www.lapig.iesa.ufg.br), uma das principais referências no país quanto ao processamento, análise e distribuição de dados satelitários de resolução espacial moderada aplicados ao monitoramento biofísico-ambiental e governança territorial. No âmbito do PRONEX (CNPq / FAPEG), coordena o projeto "Uso de dados orbitais de resolução moderada para a identificação, mapeamento e caracterização da diversidade funcional, biológica e estimativa da produtividade dos ecossistemas naturais e antrópicos do bioma Cerrado". É membro da Câmara Superior de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Goiás, da Câmara de Assessoramento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás / FAPEG (Ciências Exatas e da Terra) e também integra o Grupo Assessor Especial (GAE) da Diretoria de Relações Internacionais da CAPES. Foi membro (2012 - 2015) do Conselho Deliberativo da Fundação de Apoio à Pesquisa da Universidade Federal de Goiás (do qual foi presidente, durante o ano de 2013), Em 2010, recebeu da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás a Comenda Araguaia, pela contribuição à causa da preservação do meio ambiente no Estado de Goiás.
Ítalo Luiz Corrêa Lenzi, Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais (PPGCFA) da Universidade Federal de Mato Grosso.
Bacharel em Engenharia Florestal pela Faculdade de Engenharia Florestal - FENF da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT no Campus Universitário Gabriel Novis Neves, Cuiabá/MT, Atuou em grupo de pesquisa em sensoriamento remoto e análise de recursos naturais com bolsa de produtividade em pesquisa (PIBIC - CNPq) no período de agosto de 2011 a julho de 2015. Estando atualmente cursando o Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais (PPGCFA) da Universidade Federal de Mato Grosso. Tendo Inicio em Março de 2016 e termino para Março de 2018.
Publicado
2018-11-20
Cómo citar
SANTOS, P. S.; FERREIRA, L. G.; LENZI, ÍTALO L. C. CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA DAS PASTAGENS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO VERMELHO (GO), BIOMA CERRADO, BRASIL. Boletim de Geografia, v. 36, n. 3, p. 53-73, 20 nov. 2018.
Sección
Artigos científicos