Deslocamentos pendulares na Região Metropolitana de Curitiba: um estudo sobre ações dos anos 1990 e impactos nas décadas seguintes
Resumen
O interesse central deste artigo são os deslocamentos pendulares cotidianos, as ações do Estado no planejamento de mobilidade urbana e metropolitana e a concorrência de tais ações para propiciar à população as condições de manter ou adaptar seus padrões de deslocamento. O estudo de caso realizado busca determinar qual a influência das ações de planejamento e gestão no sistema de transporte metropolitano implantadas na década de 1990 no comportamento da população dos municípios selecionados da Região Metropolitana de Curitiba, sujeita a deslocamentos pendulares para o trabalho. A pesquisa processou dados sobre os deslocamentos pendulares obtidos dos censos de 2000 e 2010, com detalhamento de volumes de fluxos, suas variações no período e sua distribuição espacial, as distâncias médias dos deslocamentos e suas variações no período de análise. Os resultados foram cruzados com trabalhos de outros autores e abordagens: análises demográficas, econômicas, sociais, de planejamento urbano e metropolitano, nos mesmos recortes espaciais e temporais. A liberdade de escolha do local de moradia e de trabalho seria fundamental para a população assegurar sua capacidade de adaptação e reprodução social no território metropolitano, inclusive a necessidade de realizar ou não deslocamentos pendulares. Contudo, a realidade impõe limites ou mesmo elimina qualquer possiblidade de se efetivar tais escolhas, especialmente na seleção do local de moradia. O artigo reitera a necessidade de outras e novas políticas territoriais para se reduzir distâncias de deslocamento e promover melhores padrões de habitabilidade urbana.
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