MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO HUMANO

  • Messias Modesto dos Passos UEM

Résumé

A estratégia de "desenvolvimento" adotada no Brasil, divoreiada da variável sócio-ambiental, tem agudizado o proeesso de degradação dos recursos naturais, da qualidade de vida seja na área urbana, pela desordenada ocupação do solo, motivada pela especulação imobiliária, pela grande deficiência do saneamento básico, etc., seja na área rural, pela excessiva concentração da propriedade fundiária e os incentivos/subsídios a uma agricultura capitalista, orientada para a exportação em detrimento de culturas alimentares, etc. Deve-se ao avanço das frentes pioneiras num país de dimensões continentais e cm processo de ocupação, que a população se reproduza e cresça mediante esforço mínimo de acumulação. A degradação do meio natural é compensada pela expansão do espaço econômico. O processo de colonização e de valorização dos espaços vazios ao longo da história do Brasil se deu por etapas - com predomínio de um, ou da associação de múltiplos esquemas -, e foi movido pela produção de matérias primas, voltadas para o mercado externo. Essa é uma das razões da fragilidade dos esquemas, ditos de modernização.Os esquemas (1) oligárquico tradicional, (2) nacional populista, (3) da redefinição capitalista pós 1964 e (4) neo-liberal (Brasil Novo/Brasil do Real), implementados no Brasil com o objetivo de superar as barreiras do subdesenvolvimento e atingir o status de país moderno, efetivaram-se - invariavelmente -, às custas de modelos socialmente injustos e ambientalmente incorretos2. Se de um lado o Estado assume um papel determinante na intervenção e funcionamento da economia, de outro, ele exalta a iniciativa privada e as "virtudes" do mercado livre, notadamente no setor agrícola. As políticas de modernização viram "a lei do mais forte", desestruturando o desenvolvimento regional,, regidas pelo mercado e com a benevolência do Estdado No sentido de mostrarmos que a PROBLEMÁTICA AMBIENTAL não é mais do que uma forma sob a qual a PROBLEMÁTICA SOCIAL se revela e se expressa, optamos por explicitar três formas como a natureza tem sido abordada: (1) o ecologismo (fins do séc. XIX/anos 70-80); (2) a Rio -92 \ O) a definição do IDH/ONU.

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Biographie de l'auteur

Messias Modesto dos Passos, UEM
Possui graduação em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1972), Mestrado em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo (1981) e Doutorado em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo (1988). Atualmente é professor titular da Universidade Estadual de Maringá, Membre Associé ao Laboratoire Costel - Université Rennes 2. Fez Pos-doctorat em Télédétection Appliquée (1992-4) e em Produção de Filmes-Vídeo geográficos (2002) ambos na Université Rennes 2 - France. É aposentado da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: analise regional, analise ecológica da paisagem, gestão do território, colonizacao agricola e amazonia matogrossense. Coordena o Projeeto Temático "Dimânicas socioambientais, desenvolvimento local e sustentabilidade na raia divisória São Paulo - Paraná - Mato Grosso do Sul", apoiado pela FAPESP. É ganhador do Premio Professor Samuel Benchimol 2006 - na Categoria Ambiental, em função dos estudos realizados sobre os impactos socioambientais ao longo do eixo da BR-163 - a Cuiabá - Santarém Currículo Lattes
Publiée
2011-03-24
Comment citer
PASSOS, M. M. DOS. MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO HUMANO. Boletim de Geografia, v. 19, n. 1, p. 35-44, 24 mars 2011.
Rubrique
Artigos científicos