O que não é Geografia?
Résumé
Em busca de se conceber “O que não é geografia? ”, teceu-se um trabalho de epistemologia nadológica da geografia, com o propósito de esculpir o não-ser geográfico. Para isso, buscou-se aporte na filosofia do nada por meio de Parmênides, Melisso, Górgias, Platão, Al-Fārābī e Sartre. Esses autores abrem margem a se pensar, de vários modos, o nada geográfico, servindo, especialmente, para identificarem que há uma diversidade de horizontes para responder à questão situada. Assim, visou-se, além de conceber caminhos possíveis, a uma revisão acerca do que se compreende sobre o que não é geografia. Com a revisão historiográfica, encontraram-se três formulações básicas: “a geografia não é outras ciências”, “a geografia não é um conhecimento unânime” e “a geografia não é puramente acadêmica”. A primeira, confere à geografia um estatuto de ciência por si, predicada em suas diversas áreas de atuação, sendo uma polarização, frente à interação; a segunda, aponta que, consoante as correntes de pensamento possíveis, a geografia se mantém como uma interação a se polarizar, inclusive a partir de linhas filosóficas; por fim, a terceira, indica que a geografia é também fenomênica, presente na educação e no cotidiano, sendo pensada de modo despolarizado na facticidade do mundo. Todas as asserções negativas permitem entender que a geografia é uma interação pura polarizada – em predicações de áreas e correntes – e despolarizada no horizonte de experiências. Por conseguinte, tateou-se o não-ser geográfico em um percurso que permite abrir possibilidades às acepções do que não é geografia e de conhecê-las mais profundamente.
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