<b>Visão de puérperas sobre a não utilização das boas práticas na atenção ao parto</b> DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v13i1.18887
Resumo
Pesquisa exploratório-descritiva, qualitativa, derivada de um projeto mais amplo desenvolvido em uma maternidade-escola, cujo objetivo foi identificar quais são os motivos alegados pelas puérperas para a não utilização de boas práticas no trabalho de parto/parto. Foram entrevistadas 310 puérperas de outubro de 2008 a dezembro de 2009, das quais 26 não tiveram acompanhante no trabalho de parto, 40 no parto e 22 no pós-parto; 156 não receberam alimentação, 62 não deambularam no trabalho de parto e 27 não tiveram contato imediato com o recém-nascido. Os relatos acerca dessas práticas foram organizados utilizando-se a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Constatou-se que as mulheres ou não quiseram acompanhante ou ele não estava disponível; não receberam alimentação, porque os profissionais não ofereceram ou porque tinham indicação de cesariana; não deambularam por não desejarem ou por indicação obstétrica; e não tiveram contato imediato com o recém-nascido devido a alguma intercorrência clínica, porque não quiseram ou os profissionais não propiciaram tal encontro. Conclui-se que a não utilização de algumas das boas práticas obstétricas está relacionada em grande parte com a atitude dos profissionais, mas em algumas situações a decisão da mulher.