<b> Quimioprofilaxia, acompanhamento clínico e imunizações de crianças expostas ao HIV: avaliação da capacidade familiar / Chemopophilaxia, clinical follow-up and immunizations of children exposed to HIV: assessment of family capacity

  • Cristiane Cardoso de Paula Universidade Federal de Santa Maria
  • Fernanda Severo da Silva Universidade Federal de Santa Maria
  • Thayla Rafaella Pasa Toebe Universidade Federal de Santa Maria
  • Marília Alessandra Bick Universidade Federal de Santa Maria
  • Tamiris Ferreira Universidade Federal de Santa Maria
  • Stela Maris de Mello Padoin Universidade Federal de Santa Maria
Palavras-chave: Saúde do Lactente, Cuidado da Criança, Infecção pelo HIV, Transmissão Vertical de Doença Infecciosa, Cuidadores

Resumo

Objetivo: avaliar se características da família e da criança interferem na capacidade familiar para cuidar de crianças expostas ao HIV, nas dimensões de quimioprofilaxia, acompanhamento clínico e imunizações. Método: Estudo transversal foi realizado com 86 participantes, entrevistados em serviço especializado para HIV, no interior do Rio Grande do Sul, utilizando a Escala de avaliação da capacidade para cuidar de crianças expostas ao HIV. Resultados: A alta capacidade (91,9%) para a quimioprofilaxia com AZT foi significativa quando: 3 a 5 pessoas vivem com a mesma renda (p = 0,10), a criança não tinha irmãos expostos ao HIV (p = 0,033) e não faltaram as consultas (p = 0,10). Para quimioprofilaxia com antibiótico (87,2%): a criança realizou nove ou mais consultas/ano (p = 0,010) e não apresentou problema de saúde (p = 0,008). Para o acompanhamento clínico e imunizações (98,8%): o familiar possuía carteira assinada (p = 0,044) e considerou fácil manter acompanhamento (p = 0,000); a criança não apresentou problema de saúde (p = 0,000) e não fazia outro acompanhamento (p = 0,001). Conclusão: Características da família (≤ 5 pessoas/renda e não ter outras crianças com HIV), do familiar-cuidador (carteira assinada e percepção de facilidade de manter o tratamento) e da criança (não ter outro problema/demanda de acompanhamento de saúde e assiduidade nas consultas) interferem positivamente na capacidade familiar de cuidar.

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Biografia do Autor

Cristiane Cardoso de Paula, Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeira pediatra. Doutora em Enfermagem, Professora Associada do Departamento de Enfermagem, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Santa Maria, RS, Brasil.

Fernanda Severo da Silva, Universidade Federal de Santa Maria
Enfermeira. Graduação em Enfermagem. Hospital Estrela. Estrela, RS, Brasil.
Thayla Rafaella Pasa Toebe, Universidade Federal de Santa Maria
Enfermeira. Graduação em Enfermagem.  Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Porto Alegre, RS, Brasil.
Marília Alessandra Bick, Universidade Federal de Santa Maria

Nutricionista. Doutoranda em Enfermagem, UFSM. Santa Maria, RS, Brasil.

Tamiris Ferreira, Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem, UFSM Santa Maria, RS, Brasil.

Stela Maris de Mello Padoin, Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeira. em Enfermagem, Professora Associada do Departamento de Enfermagem, Centro de Ciências da Saúde, UFSM. Santa Maria, RS, Brasil.

Referências

REFERÊNCIAS

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Publicado
2019-02-13
Como Citar
Paula, C. C. de, Silva, F. S. da, Toebe, T. R. P., Bick, M. A., Ferreira, T., & Padoin, S. M. de M. (2019). <b&gt; Quimioprofilaxia, acompanhamento clínico e imunizações de crianças expostas ao HIV: avaliação da capacidade familiar / Chemopophilaxia, clinical follow-up and immunizations of children exposed to HIV: assessment of family capacity. Ciência, Cuidado E Saúde, 18(1). https://doi.org/10.4025/ciencuidsaude.v18i1.45024
Seção
Artigos originais