Concepções de saúde de conselheiros municipais de saúde da região da AMFRI/SC e a relação com a prática no conselho
Palavras-chave:
Processo saúde/doença, Conselhos de saúde (SUS), Políticas de controle social, Participação comunitária.
Resumo
A participação institucionalizada nos conselhos de saúde é fundamental para a consolidação de um novo modelo assistencial em saúde. Um dos alicerces desta mudança constitui-se no modo de conceber a saúde/doença. Constituindo-se os conselheiros como atores-chave do Sistema Único de Saúde (SUS), suas concepções formam a base sobre a qual se tomam as decisões sobre as políticas de saúde. O estudo buscou compreender como membros de conselhos municipais de saúde de dois municípios do litoral catarinense concebem saúde/doença e a relacionam ao atual modelo de assistência e sua prática nos conselhos. Adotou-se a abordagem qualitativa, através de grupos focais e entrevistas semi-estruturadas. As concepções de saúde/doença ultrapassam a visão biológica, tendo como determinantes: condições de vida, equilíbrio, cuidado com o corpo e acesso aos serviços. Criticam o modelo assistencial vigente, entretanto, ao relatarem suas atividades, a ênfase recai sobre assistência médica e procedimentos de média e alta complexidade. Não conseguem articular a concepção que têm com a prática que vivenciam nos conselhos. Assim, constatamos um descompasso entre as mudanças requeridas pelo SUS, que busca um modelo promocional de saúde, e as práticas nos conselhos e dos conselheiros, que ainda supervalorizam práticas medicalizadas em detrimento da atenção primária de saúde.Downloads
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Publicado
2008-09-16
Como Citar
Wendhausen, Águeda L. P., & Rodrigues, I. F. (2008). Concepções de saúde de conselheiros municipais de saúde da região da AMFRI/SC e a relação com a prática no conselho. Ciência, Cuidado E Saúde, 5(2), 166-174. https://doi.org/10.4025/ciencuidsaude.v5i2.5072
Edição
Seção
Artigos originais