O mal-estar em Ulrich Becher: a sombra do nazismo e o refúgio no Brasil

Palavras-chave: Nazismo, Refugiados, Saúde Mental

Resumo

O artigo trata da passagem do escritor e ilustrador Ulrich Becher (1910-1990) pelo Brasil entre 1941 e 1943. Alemão de origem judaica, Becher foi perseguido pelo nazismo e exilou-se no país durante no início da década de 1940 ao lado de sua esposa Dana Roda. Apesar de sobreviverem à perseguição nazista, as traumáticas experiências vividas na Europa e as dificuldades de se adaptarem ao exílio fizeram com que sua passagem pelo país fosse marcada pelo mal-estar e pela angustiante sensação de não-pertencimento. Por meio da análise de cartas e literatura de exílio, sua trajetória oferece um olhar micro que nos permite refletir sobre o impacto do deslocamento involuntário para a saúde mental de refugiados e sobreviventes de situações-limite.

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Biografia do Autor

Diego Luiz Santos, Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Rio de Janeiro-RJ, BR

Historiador com licenciatura e mestrado pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná e doutorado em História das Ciências e da Saúde pela Casa de Oswaldo Cruz-Fiocruz. Tem experiência em pesquisas nos campos da História Cultural e História das Ciências, com destaque para a História da Loucura e dos Saberes Psi. Atualmente é pesquisador bolsista da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz pelo programa de Pós-Doutorado Jr. Inova-Fiocruz com a pesquisa "A saúde mental de refugiados no Brasil (1938-1953): testemunhos de fascismos e de traumas". Em seu trabalho atual, investiga, do ponto de vista histórico, o trauma e a trajetória de intelectuais refugiados do holocausto e a circulação de saberes e tecnologias na fuga do nazismo para o Brasil.

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Publicado
2025-02-12
Como Citar
Santos, D. L. (2025). O mal-estar em Ulrich Becher: a sombra do nazismo e o refúgio no Brasil. Dialogos, 28(2), 65-86. https://doi.org/10.4025/dialogos.v28i2.72378