O matadouro municipal de Ponta Grossa e a historicidade da matança animal, centralizada no fim do século XIX

  • Lucas Erichsen UEPG
  • Alessandra Izabel de Carvalho UEPG

Abstract

Até a primeira metade do século XIX, a morte de animais para o consumo humano era realizada sem fiscalização e, normalmente, de forma precária. Durante esse período começaram a emergir preocupações em relação à racionalização e à modernização dos espaços urbanos. Uma intervenção cada vez maior dos poderes públicos na dinâmica social implicou a revisão de vários aspectos que diziam respeito aos diferentes momentos da produção da carne tais como as condições de criação e morte das reses; novas demandas sobre a higienização dos locais de matança; necessidade de centralização, municipalização e fiscalização dos abates; a disciplinarização do trabalho dos abatedores; e o gradual deslocamento dos matadouros para longe do espaço urbano e da visão da população implicando em esmaecimento de preocupações éticas sobre a morte animal. Este artigo analisa a fase inicial desse processo de transformação dos matadouros utilizando como estudo de caso específico a criação do matadouro municipal de Ponta Grossa/PR, em 1888.

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Autor/innen-Biografien

Lucas Erichsen, UEPG
Programa de Pós-Graduação em História da UEPG, Ponta Grossa/PR.
Alessandra Izabel de Carvalho, UEPG
Doutora em História pela Unicamp, Campinas/SP, Brasil. Professora do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em História da UEPG, Ponta Grossa/PR, Brasil.
Veröffentlicht
2016-10-13
Zitationsvorschlag
Erichsen, L., & Carvalho, A. I. de. (2016). O matadouro municipal de Ponta Grossa e a historicidade da matança animal, centralizada no fim do século XIX. Dialogos, 18, 155-178. Abgerufen von https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Dialogos/article/view/33871
Rubrik
Artigos