Aquarela angolana: music and leisure in “Lusotropical Luanda” (1961-1970).

  • Amanda Palomo Alves Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ
Keywords: Angola; Luanda; colonialism; Lusotropicalism; music; leisure.

Abstract

This article addresses a rather peculiar period in Angolan history. We highlight that with the outbreak of the war, in 1961, the Portuguese government adopted a series of measures aimed at resolving the countless international criticisms it had suffered and, at the same time, weakening the spread of liberation movements in their respective colonies. We note that, in that period, conceptual and ideological assumptions of Lusotropicalism provided the theoretical basis for various actions coordinated by the colonial authorities. From this point of view, and with the aim of controlling the free time of the black and mixed race population of Angola, the so-called psychosocial action gained projection, an undertaking that aimed to put into practice various actions, including promoting a cultural and entertainment agenda for those who lived, above all, in the capital, Luanda.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ANDRADE, Mário Pinto de. (Buanga Fele). Qu’est-ce que le ‘tropicalismo’. Présence Africaine, v. 9, n. 5, 1955. Artigo disponível, também, no site:

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=04330.008.006. Acesso em 29 mar. 2020.

____. Antologia de Poesia Negra de Expressão Portuguesa. Paris: Jean Pierre Oswald, 1958.

ALVES, Amanda Palomo. Angolano segue em frente: um panorama do cenário musical urbano de Angola entre as décadas de 1940 e 1970. Tese. Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (PPGH-UFF). Niterói, 2015.

____. O Agrupamento Kissanguela e a canção no pós-independência em Angola (1975-1979). Revista Afro-Ásia, UFBA, Bahia, Salvador, 2020 (Artigo no prelo).

BOSSLET, Juliana. A cidade e a guerra: relações de poder e subversão em São Paulo de Assunção de Luanda. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2014.

____. Lazer em Luanda: o controlo do tempo livre dos trabalhadores e a manutenção da ordem colonial (1961-1975). Análise Social, 225, (4.º), 2017, p. 830-847.

BITTENCOURT, Marcelo. Moral e política: a vigilância colonial sobre o esporte angolano. In: NASCIMENTO, Augusto; BITTENCOURT, Marcelo; DOMINGOS, Nunes; MELO, Victor Andrade de (orgs.). Esporte e lazer na África: novos olhares. Rio de Janeiro: 7 letras, 2013, p. 155-178.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

____. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 2006.

BALANDIER, Georges. O poder em cena. Brasília: Universidade de Brasília, 1982.

CANN, John P. Contra Insurreição em África: o modo português de fazer a guerra (1961-1974). S. Pedro do Estoril: Edições Atena, 1998.

CASTELO, Cláudia. O modo português de estar no mundo: o lusotropicalismo e a ideologia colonial portuguesa (1933-1961). Porto: Edições Afrontamento, 1999.

____. Passagens para a África: o povoamento de Angola e Moçambique com Naturais da Metrópole. Porto: Edições Afrontamento, 2007.

____. O luso-tropicalismo e o colonialismo português tardio. Buala. 5 de março de 2013.

CABRAL, Amílcar. “Prefácio”. In: DAVIDSON, Basil. A libertação da Guiné. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1975.

CARDÃO, Marcos. Muamba, Banana e Cola. O Duo Ouro Negro e o Tropicalismo Desnacionalizador. Transnational Africas: Visual, Material and Sonic Cultures of Lusophone Africa, 2017, p. 174-191.

CLARENCE-SMITH, Gervase. O III Império Português (1825-1975). Lisboa: Teorema, 1985.

FORTUNATO, Jomo. A alma de Tonito entregue à música. In: Jornal de Angola, 28 de novembro de 2011. Disponível em: http://jornaldeangola.sapo.ao/cultura/a_alma_de_tonito_entregue_a_musica. Acesso em 30 mar. 2020.

____. Angola: o percurso musical de Urbano de Castro. In: Jornal de Angola, 16 de dezembro de 2012. Disponível em: http://jornaldeangola.sapo.ao/cultura/o_percurso_musical_de_urbano_de_castro. Acesso em 30 mar. 2020.

____. Voz emblemática dos ‘Negoleiros do Ritmo’. In: Jornal de Angola, 10 de junho de 2013. Disponível em: http://jornaldeangola.sapo.ao/cultura/voz_emblematica_dos_negoleiros_do_ritmo. Acesso em 30 mar. 2020.

____. “O cancioneiro tradicional na formação da música popular. In: Jornal de Angola, 15 de fevereiro, 2010. Disponível em: http://jornaldeangola.sapo.ao/cultura/o_cancioneiro_tradicional_na_formacao_da_musica_popular. Acesso em 30 mar. 2020

____. Música como resistência à assimilação cultural. In: Jornal de Angola, 31 de março de 2014. Disponível em: http://jornaldeangola.sapo.ao/cultura/musica/musica_como_resistencia_a_assimilacao_cultural. Acesso em 30 mar. 2020.

FONSECA, Ana Sofia. Angola, terra prometida: a vida que os portugueses deixaram. Lisboa: a esfera dos livros, 2009.

HODGES, Tony. Angola: do afro-estalinismo ao capitalismo selvagem. Cascais: Editora Principia, 2001.

MOORMAN, Marissa Jean. Intonations: a social history of music and nation in Luanda, Angola, from 1945 to recent times. Athens, Ohio: Ohio University Press, 2008.

MACQUEEN, Norrie. A descolonização da África portuguesa: a revolução metropolitana e a dissolução do império. Lisboa: Editorial Inquérito, 1998.

NETO, Maria da Conceição. Ideologias, contradições e mistificações da colonização de Angola no século XX. Lusotopie, 1997, p. 327-359.

POLLACK, Michael. Memória, esquecimento e silêncio. In: Estudos Históricos, v. 02, n.3, Rio de Janeiro, 1989, p. 03-15.

SANTOS, Marta. Elias Dya Kimuezo: a voz e o percurso de um povo. Braga: O cão que lê, 2012.

SILVA, Mário Rui. Sara Chaves: as chaves dos seus cantos. In: Revista Austral, n. 61, 18 de julho de 2010, s/p.

____. Estórias da Música em Angola. Revista Austral, n.13, Angola, 1995.

SALAZAR, A. Oliveira. Entrevistas 1960-1966. Coimbra: Coimbra Editora, Lda, 1967.

WEZA, José. O percurso histórico da música urbana luandense: subsídios para a história da música angolana. SOPOL AS: Luanda, 2007.

ZAU, Filipe. Lusotropicalismo versus angolanidade. Texto apresentado no I Encontro Semba Samba, Rio de Janeiro, novembro de 2015. Texto disponível em: https://www.sembasamba.com.br/2015/palestrantes/ Acesso em 30 mar. 2020.

Published
2021-11-21
How to Cite
Alves, A. P. (2021). Aquarela angolana: music and leisure in “Lusotropical Luanda” (1961-1970). Dialogos, 25(2), 168-191. https://doi.org/10.4025/dialogos.v25i2.53593