REPRESENTANDO TEMÁTICAS E ESTRATÉGIAS PÓS-COLONIAIS: TRÊS ENSAIOS SOBRE LITERATURA E CULTURA CARIBENHAS

Resumen

Em The Empire Writes Back: Theory and Practice in Post-Colonial Literatures, Bill Ashcroft, Gareth Griffiths e Helen Tiffen usam o termo “pós-colonial” em referência a todas as formas culturais “afetadas pelo processo imperialista do momento da colonização aos nossos dias”. Argumentam os autores que os estudos pós-coloniais identificam um contínuo “de preocupações através de todo o processo histórico iniciado pela agressão imperialista européia” (Ashcroft et al, 1989, p. 2). O estudo das questões pós-coloniais tomou vulto no início dos anos 50 com os textos de Aimé Césaire e Frantz Fanon, em uma época onde movimentos de revolta questionavam a autoridade imperial na Ásia e na África. Os estudos pós-coloniais ganharam ampla divulgação e reconhecimento acadêmico a partir dos anos 60, uma década de poderosos contra-discursos, de movimentos nacionalistas, bem como de movimentos pela defesa de direitos civis e de diversas minorias. Nos estudos pós-coloniais vozes como a de George Lamming e de Albert Memmi formularam alguns conceitos básicos do discurso teórico e crítico pós-colonial, que teria, a partir dos anos 70, a contribuição de Edward W. Said, Gayatry Chakravorty Spivak, Homi K. Bhabha e Stuart Hall, entre muitos outros teóricos e críticos.