Impacto Econômico da Abertura das Grandes Redes de Supermercados aos Domingos e Feriados nos Pequenos Comércios de Bairros de Maringá.

  • Maria de Fátima Garcia UEM/DCO.
  • Elisangela Luzia Araujo Departamento de Economia/UEM
  • Eraldo Schunk Silva Departamento de Estatística/UEM.
  • Eliane Cristina de Araujo UEM/Departamento de Economia.
  • Mara Lucy Castilho Departamento de Economia/UEM
  • Elohá Cabreira de Brito Departamento de Economia/UEM
Palavras-chave: Grandes redes de Supermercados, Pequenos Comerciantes, Regulamentações, Maringá (PR).

Resumo

Diferentemente de muitas cidades de seu porte, em Maringá, no estado do Paraná, a regulamentação para a abertura dos supermercados aos domingos e feriados determinava, até meados de 2017, que estes estabelecimentos estavam autorizados a funcionar apenas no primeiro domingo de cada mês. A referida lei não era válida para pequenos estabelecimentos que, organizados principalmente com base na mão de obra familiar, tinham nestes dias especiais o maior volume de vendas. Todavia, apoiados num decreto federal de junho de 2017 as grandes redes supermercadistas começaram a funcionar todos os domingos, feriados e dias santos, aparadas por liminar que se sobrepunha a regulamentação municipal. Tal fato trouxe dificuldades financeiras e de sobrevivência de um grande número de pequenos comerciantes locais – quitandas, sacolões, açougues, minimercados, mercearias, lojas de bebidas, panificadoras – que tiveram suas vendas drasticamente reduzidas, por não ter condições de fazer frente à concorrência dos grandes supermercados. Tal fato gerou a mobilização de setores diversos da sociedade maringaense, que passaram a questionar junto ao poder local uma regulamentação efetiva que atendesse de alguma forma essa demanda latente, uma vez que esses inúmeros pequenos comércios são importantes na geração de empregos e renda, dinamizando a economia local. Face ao exposto, a presente pesquisa buscou avaliar se, e em que medida, a referida abertura das grandes redes supermercadistas aos domingos, feriados e dias santos impactou sobre os pequenos comércios dos bairros. A partir de procedimentos estatísticos apropriados, foi feita uma pesquisa de campo que abrangeu 137 estabelecimentos em 33 bairros da cidade na primeira semana do mês de abril de 2018. Os principais resultados obtidos indicaram a importância econômica e refletiu a dificuldades financeiras dos pequenos comerciantes, revelada pela queda considerável do faturamento, redução do número de funcionários e paralização dos investimentos.

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Biografia do Autor

Maria de Fátima Garcia, UEM/DCO.
Professora Associada / Departamento de Economia-UEM.
Elisangela Luzia Araujo, Departamento de Economia/UEM

Elisangela Araujo é formada em economia pela Universidade Estadual de Maringá – UEM (1999) e mestre em economia, também pela UEM (2010). É doutora em Economia, área de concentração – Economia do Desenvolvimento – pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGE/UFRGS) (2015), com doutorado-sanduíche na Universidade de Illinois (IL/USA). Atualmente é professora adjunta da Universidade Estadual de Maringá, onde ministra a disciplina de macroeconomia e atua, principalmente, nos temas de crescimento econômico, economia internacional e brasileira, com ênfase em indústria, inserção externa e políticas/instituições macroeconômicas.

Eraldo Schunk Silva, Departamento de Estatística/UEM.
Professor Associado - Departamento de Estatística, UEM.
Eliane Cristina de Araujo, UEM/Departamento de Economia.
Professora associada do Departamento de Economia da UEM.
Mara Lucy Castilho, Departamento de Economia/UEM
Professora Adjunta - Departamento de Economia/UEM
Elohá Cabreira de Brito, Departamento de Economia/UEM
Professora Assistente/Departamento de Economia-UEM.
Publicado
2019-03-11
Como Citar
Garcia, M. de F., Araujo, E. L., Silva, E. S., Araujo, E. C. de, Castilho, M. L., & Brito, E. C. de. (2019). Impacto Econômico da Abertura das Grandes Redes de Supermercados aos Domingos e Feriados nos Pequenos Comércios de Bairros de Maringá. A Economia Em Revista - AERE, 26(2), 99-100. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EconRev/article/view/50209
Seção
Artigos