O sucesso do plano real e os custos da estabilização

  • Adriano Del Angelo UEM
  • Joaquim Miguel Couto UEM, Maringá

Abstract

O sucesso do Plano Real no controle da inflação brasileira deveu-se a oito fatores: 1) ajuste das contas públicas; 2) criação da URV (que alinhou os preços relativos e quebrou a inércia inflacionária); 3) continuidade da abertura comercial, iniciada no Governo Collor; 4) câmbio valorizado; 5) juros reais elevados; 6) aumento dos depósitos compulsórios; 7) acordo da dívida externa; 8) experiência da equipe econômica. No entanto, a estabilização dos preços promovida pelo Real trouxe alguns custos macroeconômicos. Entre dezembro de 1994 e dezembro de 1998, quatro custos se destacaram e foram mensurados na pesquisa: 1) aumento da dívida pública mobiliária federal interna (424,2%); 2) elevação da dívida externa líquida (77,1%); 3) baixo crescimento do PIB (média anual de 2,5%); 4) aumento da taxa de desemprego (53,5%). Desta forma, podemos afirmar que o sucesso do Plano Real na estabilização dos preços não foi isento de custos para a economia brasileira.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Joaquim Miguel Couto, UEM, Maringá
possui graduações em Administraçâo de Empresas (1987) e Ciências Econômicas (1991) pela Faculdade de Ciências Econômicas e Comerciais de Santos, mestrado em Economia pela Universidade Federal da Bahia (1995) e doutorado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência na área de Desenvolvimento Econômico e Economia Brasileira. Atua também nos seguintes temas: História do Pensamento Econômico, Economia Monetária, Industrialização e Meio Ambiente.
Published
2011-03-10
How to Cite
Del Angelo, A., & Couto, J. M. (2011). O sucesso do plano real e os custos da estabilização. A Economia Em Revista - AERE, 16(2), 29-44. https://doi.org/10.4025/aere.v16i2.12737
Section
Artigos