O PENSAMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO DE 1930 A 1964: Por uma nova formulação tipológica
Abstract
O presente artigo tem por objetivo estudar a ideologia do pensamento econômico brasileiro, no período entre 1930 a 1964. Pauta-se na hipótese de que existem três correntes: A dos ideais neoliberais, do ciclo ideológico desenvolvimentista e do pensamento socialista, todos imbuídos de uma concepção de desenvolvimento. O que de fato unifica uma corrente do pensamento econômico é o local social pelo qual os intelectuais da dada corrente falam, ou seja, se dentre as classes dominantes inclusas na disputa dos rumos do bloco no poder, no caso da ortodoxia neoliberal, se duma fração burguesa de posição vacilante e indesejada dentro do bloco no poder, isto é, do desenvolvimentismo estruturalista, ou se dentre as classes subalternas fora do bloco no poder, porém objetivando uma mudança sistêmica de superação da ordem capitalista e burguesa, neste caso a corrente de transição socialista. Para elaborar esta construção tipológica foi imprescindível avançar no entendimento das estruturas nas formulações das ideologias, justificando-se os seguintes elementos estruturantes: i) análise do subdesenvolvimento, ii) a visão do desenvolvimento brasileiro, iii) o problema do financiamento do desenvolvimento e iv) a questão distributiva.