Estrutura Produtiva e Crescimento Econômico no Brasil

Uma Análise Setorial Utilizando Matriz Insumo Produto

  • Sergio Alexandre SANTOS JUNIOR Instituto Federal do Paraná
  • Eliane Cristina de Araújo Sbardellati Universidade Estadual de Maringá

Abstract

This work aims to contribute to the discussion about the importance of the production structure in general, and in particular industry for the economic development of Brazil. As noted in the theoretical foundations of research, this complex relationship was the inspiration for the emergence of CEPAL in the late 1940th that, contrary to mainstream thinking that there would be no problems grow through expansion and export of products primary, came out in support of industrialization, arguing that structural change to increase the production and export of manufactured goods and high-tech goods was crucial for economic development in the long run. In the empirical analysis we used a methodology to input-output matrix, which breaks down the flows between different economic activities, describing the production structure of the country. With the database of the Núcleo de Economia Regional e Urbana da USP (NEREUS) for the year 2009 were estimated a number of threads indicators and multipliers of employment and added value for the Brazilian economy. In the analysis of binding indices back stood out the related sectors of final goods industry (which indicates greater dynamism of these sectors to stimulate production inputs). As for the chain index forward stood out infrastructure-related sectors (Transportation, Oil, Steel, Communications), which indicates the importance of maintaining these sectors structured so that the economy does not face structural production bottlenecks. Furthermore, the study identified the sectors of Steel, and Other Vehicles Parts, Chemical Elements and Petroleum Refining as the most dynamic sectors (key sectors) to stimulate the economy as a whole.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ARAÚJO, E. L. A trajetória da indústria de transformação no Brasil: Aspectos teóricos, históricos e uma análise empírica para o período 1994-2010. 2010. 107 f. Dissertação (Mestrado em Teoria Econômica) – Universidade Estadual de Maringá.
ARAÚJO, E. C.; PERES, S. C. Política Cambial, Estrutura Produtiva e Crescimento Econômico: fundamentos teóricos e evidências empíricas para o Brasil. In: 10º Fórum de Economia de São Paulo - FGV/EESP, 2013, São Paulo. 10º Fórum de Economia - FGV/EESP, 2013.
ARAÚJO, E. C.; NASSIF, A.;FEIJÓ, C.. STRUCTURAL CHANGE AND ECONOMIC DEVELOPMENT: IS BRAZIL CATCHING UP OR FALLING BEHIND? Cambridge Journal of Economics, v. 38, p. 1-26, 2014.
ARNDT, H. W. Economic Development: The History of an Idea. Chicago: Chicago University Press, 1987.
ARNDT, H. W. The Origins of Structuralism. World Development, vol. 13, issue 2, pp. 151-159, 1975.
BANCO MUNDIAL. The growth report: strategies for sustained growth an inclusive development, 2008. Disponível em: . Acesso em: 29 out. 2017.
BIELSCHOWSKY, R. Pensamento Econômico Brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimentismo. 4a ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000a. 480p.
_________. Cinqüenta anos de pensamento na CEPAL- uma resenha (2000b). In: BIELSCHOWSKY, R. (Org.). Cinqüenta anos de pensamento na CEPAL. Rio de Janeiro: Record; Cofecon; CEPAL, 2000. p .15-68. v.1.
BRESSER-PEREIRA, L. C. e GALA, P. Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento. Revista de Economia Política, v.30, n. 4 (120), pp. 663-686, outubro-dezembro, 2010.
BRESSER-PEREIRA, L. C. Estratégia Nacional e Desenvolvimento. Revista Economia e Política, v. 26, n. 2 (102), pp. 204-230, abril-junho, 2006.
CANO, Wilson. A Desindustrialização no Brasil. Revista Economia e Sociedade. Campinas: v. 21, Número Especial, p. 831-851, dez. 2012.
CARDOSO, F. H. Originalidade da cópia: a CEPAL e a ideia de desenvolvimento. In:__As ideias e seu lugar: ensaios sobre as teorias do desenvolvimento. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. p.27-80.
CASTRO, A. B. A reestruturação industrial brasileira nos anos 90. Uma interpretação. Revista de Economia Política. Vol. 21, nº 3 (83), p. 3-6, julho/setembro-2001.
CEPAL. “Estudio Económico de América Latina, 1949”. In: CEPAL. Cincuenta años de pensamiento en la CEPAL – Textos Seleccionados. Volumen I. Santiago: Fundo de Cultura Económica, 1998.
CHANG, H. J. Maus Samaritanos – O Mito do Livre Comércio e a História Secreta do Capitalismo. Rio de Janeiro: Elsevier 2009.
CHENERY, H. The Structuralist Approach to Development Policy. The American Economic Review, v. LXV, n. 2, pp. 310-316, 1975.
CHENERY, H. B., WATANABE, T. International Comparasions of the structure of production. Econometrica, vol. 26, 487-521, 1958.
DIAS, M.F. Do estruturalismo da CEPAL à teoria da dependência: continuidades e rupturas no estudo do desenvolvimento periférico. 2012. 197 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) – Universidade de São Paulo.
FIORI, J.L. Globalização, hegemonia e império. In: FIORI, J.L. & TAVERES, M.C. (Orgs.). Poder e dinheiro: uma economia política da globalização. 5ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998a. p.87-147. (Coleção Zero à Esquerda).
_________. Os moedeiros falsos. 5a ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998b. 251p. (Coleção Zero à Esquerda).
_________. De volta à questão da riqueza de algumas nações (introdução). In: FIORI, J.L. (Org.). Estados e moedas no desenvolvimento das nações. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999. p.11-46. (Coleção Zero à Esquerda).
_________. Sistema mundial: império e pauperização. Para retomar o pensamento crítico latino-americano. In: FIORI, J.L. & MEDEIROS, C. (Orgs.). Polarização mundial e crescimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001a. p.39-75. (Coleção Zero à Esquerda).
_________. Depois da retomada da hegemonia (introdução). In: FIORI, J.L. & MEDEIROS, C. (Orgs.). Polarização mundial e crescimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001b. p.9-35. (Coleção Zero à Esquerda).
FURTADO, C. A fantasia organizada. 5ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. 232p. (Coleção Estudos Brasileiros; v.89).
_________. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
_________. Development and Underdevelopment, Rio de Janeiro, Fundo de Cultura, 1964.
_________. O capitalismo global. 3ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999a. 81p.
_________. O longo amanhecer: reflexões sobre a formação do Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999b. 116p.
_________. Desenvolvimento e subdesenvolvimento (1961). In: BIELSCHOWSKY, R. (Org.). Cinqüenta anos de pensamento na CEPAL. Rio de Janeiro: Record; Cofecon; CEPAL, 2000. p.239-262. v.1.
__________. Um projeto para o Brasil. Rio de Janeiro, Editora Saga, 1968.
__________. Pequena introdução ao desenvolvimento: enfoque interdisciplinar. Rio de Janeiro, Cia. Editora Nacional, 1980.
__________. Teoria e política do desenvolvimento econômico (1967). São Paulo, Abril Cultura, 1983.
GALA, P. Dois padrões de política cambial: América Latina e Sudeste Asiático. Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 65-91, 2007b.
GONÇALVES, R. et al. Comércio e desenvolvimento. In:__A nova economia internacional: uma perspectiva brasileira. Rio de Janeiro: Campus, 1998. p.67-96.
GUILHOTO, J.J.M. e U. SESSO FILHO. “Estimação da Matriz Insumo-Produto a Partir de Dados Preliminares das Contas Nacionais”. Economia Aplicada, 2005. Vol. 9. N.2.Abril-Junho. pp. 277-299.
GUILHOTO, J. M. Análise de insumo-produto: teoria e fundamentos. Piracicaba: ESALQ-USP, 2004. (Caderno didático).
GUILHOTO, J. M. Análise de Insumo Produto: teoria, fundamentos e aplicações. Departamento de Economia – FEA-USP, 2009.
HIRSCHMAN, A. The Strategy of Economic Development. New Haven, Yale University Press, 1958.
KALDOR, N. Causes of the Slow Rate of Economic Growth of The United Kingdon. Cambridge University Press, 1966.
KALDOR, N. The Case for Regional Policies, Scottish Journal of Polítical Economy, November, 1970.
KAY, C. Latin American Theories of Development and Underdevelopment. London: Routledge, 1989. p.1-57; p.163-227.
LOURES, R. C. da R.; OREIRO, J. L.; PASSOS, C. A. K.. Desindustrialização: a crônica da servidão consentida. Revista Economia & Tecnologia. Curitiba: v. 04, p. 19-26, Ano 02, jan./mar. 2006.
MARCONI, N.; MAGACHO, G.; ROCHA, H. Estrutura produtiva e a dinâmica econômica nos BRICs: uma análise Insumo-Produto. Economia Ensaios, v. 29, p. 119-134, 2014.
MILLER, R.E.; BLAIR, P.D. Input-output analysis: foundations and extensions. Prentice- Hall, 2009. Englewood, New Jersey.
MISSIO, F. J. Câmbio e Crescimento na Abordagem Keynesiana Estruturalista. 2012. 292 f. Tese (Doutorado em Economia) – Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional. Universidade Federal de Minas Gerais.
MISSIO, F. J. ; JAYME JR., F. G. ; Oreiro, J. L. . Resgatando a tradição estruturalista na economia. Anais do 41º Encontro Nacional de Economia/ ANPEC 2013, Foz do Iguaçu, 2013..
MORENO-BRID, J.C. Capital Flows, Interest Payments and Balance of Payments Constrained Growth Model: A Theoretical and Empirical Analysis, In Metroeconomica 54, 2003.
NURKSE, R. Alguns Aspectos Internacionais do desenvolvimento econômico. In: AGARWALA, A. N.; SINGH, S. P. (Ed). A economia do subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Cia Editora Forense, 1969.
OCAMPO, J. A.; RADA, C.; TAYLOR, L. Economic Structure, Policy and Growth
in Developing Countries. Columbia University Press, New York, 2009.
OCAMPO, J. A. Macroeconomía para el desarrollo: políticas anticíclicas y transformación productiva. Revista CEPAL, v. 104, pp. 7-35, 2011.
OCAMPO, J. A. The quest for dynamic efficiency: Structural dynamics and economic growth in developing countries. In José Antonio Ocampo (ed.). Beyond Reforms: Structural Dynamics and Macroeconomic Vulnerability. Stanford. 2005.
OCAMPO, J. A.; PARRA, M. A. “The Dual Divergence: Growth Successes and Collapses in the Developing World since 1980”. DESA Working Paper n. 24, June 2006.
OLIVEIRA, G. C. O Estado e a Inserção ativa na economia: a estratégia de desenvolvimento econômico da China. Revista de Economia, Curitiba, 2008.
OLIVEIRA, F. de. A vanguarda do atraso e o atraso da vanguarda: globalização e neoliberalismo na América Latina. In:__Os direitos do antivalor: a economia política da hegemonia imperfeita. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. p.205-221. (Coleção Zero à Esquerda).
_________. Subdesenvolvimento: fênix ou extinção? In: Tavares, M.C. (Org.). Celso Furtado e o Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000. p.121-128.
_________. A economia brasileira: crítica à razão dualista. São Paulo: Boitempo Editorial, 2003a. p.25-119.
_________. O ornitorrinco. In: A economia brasileira: crítica à razão dualista. São Paulo: Boitempo Editorial, 2003b. p.121-150.
ONU. Handbook of National Accounting: Hand-book of Input–Output TableCompilation and Analysis”. United Nations, Department for Economic and Social Affairs, 1999. Statistics Division, New York.
OOMES, N. e KALCHEVA, K. Diagnosing Dutch Disease: Does Russia have the symptoms? IMF Workink Paper, 2007. p. 07-102.
OREIRO, J. L., FEIJÓ, C. A. Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso brasileiro, 2010. Revista de Economia Política, vol. 30 n. 2. São Paulo.
PALMA, G. (2004) “Gansos Voadores e Patos Vulneráveis: a diferença da liderança do Japão e dos EUA no desenvolvimento do Sudeste Asiático e da América Latina” em José Luis fiori. (Org.). O Poder Americano, Vozes, 2004.
PINTO, A. Heterogeneidad estructural y modelo de desarrollo reciente de la América Latina, em Inflacíon: raíces estructurales, D. F. Fondo de Cultura Económica, 1970.
PIRES, L. N. Mudanças Estruturais no Brasil de 1996 aos dias de hoje, uma análise insumo produto . 2013. 96 f. Dissertação (Mestrado em Economia da Indústria e da TEcnologia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro.
PREBISCH, R. El desarrollo económico de la América Latina y algunos de sus principales problemas. Desarrollo Econômico, v. 26, n. 103, 1986. O documento original que consta de 1949 foi publicado na íntegra nesta edição da revista, 1949.
_________. La periferia latinoamericana en el sistema global del capitalismo. Revista de la CEPAL. n. 13, p.163-171, abr. 1981.
_________. O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus problemas principais (1962). In: BIELSCHOWSKY, R. (Org.). Cinqüenta anos de pensamento na CEPAL. Rio de Janeiro: Record; Cofecon; CEPAL, 2000. p.70-136.
v.1.
_________. Problemas teóricos e práticos do crescimento econômico (1973). In: BIELSCHOWSKY, R. (Org.). Cinqüenta anos de pensamento na CEPAL. Rio de Janeiro: Record; Cofecon; CEPAL, 2000. p. 179-215. v.1.
RASMUSSEN, P. Studies in intersectoral relations. Amsterdam, North Holland, 1956.
RODRIGUEZ, O. O estruturalismo latino-americano. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2009.
STREET, J. H. The Latin American "Structuralists" and the Institutionalists: Convergence in Development Theory. Journal of Economic Issues, v. 1, n. 1/2, pp. 44- 62, 1967.
SUNKEL, O.; Paz, P. Subdesarrollo latinoamericano y la teoria del desarrollo, Mexico City, Siglo Veintiuno, 1970.
Published
2020-11-11
How to Cite
SANTOS JUNIOR, S. A., & Eliane Cristina de Araújo Sbardellati. (2020). Estrutura Produtiva e Crescimento Econômico no Brasil. A Economia Em Revista - AERE, 28(1), 13-36. Retrieved from https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EconRev/article/view/54071