CRESCIMENTO E EVOLUÇÃO DOS SUICÍDIOS NAS UNIDADES FEDERATIVAS BRASILEIRAS: UTILIZANDO DURKHEIN E ECONOMETRIA ESPACIAL
Resumen
O suicídio no Brasil é um caso típico de saúde pública, mas também, um problema de ordem sócioeconômica. Assim, o principal objetivo deste artigo é avaliar os fatores determinantes – de natureza econômica, social e de saúde pública – da taxa de suicídio nos estados federados do Brasil entre os anos de 1980-2010. Para isso, a Teoria do Suicídio de Durkheim sob a ótica estatístico-econométrico da econometria espacial será adotada, pois permite avaliar a relação de dependência espacial entre as taxas de suicídios dos estados vizinhos brasileiros. A principal conclusão é que existe uma associação entre a renda per capita e a taxa de suicídio dos estados brasileiros. Entretanto, há uma relação inversa de maneira que se a renda per capita aumenta a tendência é a taxa de suicídio diminuir. Portanto, o aumento do número de suicídio no Brasil deve ser compreendido como um problema de saúde pública, social e, fundamentalmente, econômico.