Blockholders e criação de valor em empresas de capital aberto listadas no Brasil
Resumo
Estudos teóricos e empíricos sugerem que os blockholders, acionistas com participação maior ou igual a 5%, podem interferir na eficiência gerencial e, consequentemente, no valor das empresas. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa é de avaliar as implicações da presença de blockholders na criação de valor em empresas de capital aberto listadas no Brasil. A amostra da pesquisa foi constituída por 334 empresas brasileiras abertas, não financeiras, cujos dados estão disponíveis na Economática®, totalizando 334 empresas, com 1.899 observações. Os dados se referem ao período de 2010 a 2016. Metodologicamente, para atendimento dos propósitos deste artigo, formularam-se duas hipóteses, sendo que para cada uma configuraram-se duas regressões por mínimos quadrados ordinários, com dados em painel, conforme as métricas de criação de valor consideradas nesta pesquisa, Q de Tobin (Q) e retorno (R). Os resultados gerais desta pesquisa indicam relação negativa entre a simples presença de blockholders e as métricas de criação de valor. Entretanto, quando se identifica a presença nas empresas brasileiras de blockholders ativos, percebe-se que, nesta situação, a relação é positiva para a métrica retorno (R) e não significante para a métrica Q de Tobin (Q). A contribuição teórica e empírica desta pesquisa demonstra que a influência dos blockholders na criação de valor das empresas brasileiras é diferente dos resultados apresentados por pesquisas dos Estados Unidos da América (EUA). A concentração da estrutura de propriedade brasileira, a liquidez das empresas pertencentes a esse mercado e o nível de ativismo dos blockholders brasileiros explicam estes achados.
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