Revisão sistemática sobre a teoria da evidenciação na contabilidade

Palavras-chave: Revisão Sistemática; Contabilidade; Teoria da Evidenciação; Teoria da Divulgação.

Resumo

Objetivo: esta revisão sistemática teve como objetivo analisar os avanços e tendências das pesquisas em Contabilidade que utilizam como base teórica a Teoria da Evidenciação.

Método: buscou-se artigos científicos publicados nos últimos cinco anos junto às bases nacionais e internacionais: Portal de Periódico da CAPES, EBSCOhost, Science Direct e Spell. Considerou-se como descritores combinados “Disclosure Theory” and “Accounting” e “Teoria da Evidenciação” e “Contabilidade” e “Teoria da Divulgação” e “Contabilidade”. Os achados revelam um total de 44 estudos que abordam a teoria e suas implicações nas organizações.

Originalidade/Relevância: torna-se relevante realizar uma revisão sistemática do tema sugerido para analisar o atual estado da pesquisa, com a finalidade de identificar possíveis lacunas, descobertas, necessidades de pesquisas e questões relevantes para pesquisas futuras dentro da área de atuação.

Resultados: como principal avanço desta teoria, destaca-se de forma geral que as empresas, que a praticam possuem maior e melhor qualidade nas informações divulgadas, seja no âmbito compulsório ou no âmbito voluntário. A relação entre a sustentabilidade e a Teoria da Evidenciação representa um achado importante, uma vez que 20 estudos destacam a tendência de aplicação desta teoria em estudos relacionados com a sustentabilidade das organizações.

Contribuições teóricas/metodológicas/práticas: as principais contribuições desta revisão, especialmente para o campo teórico, são que os estudos que possuem como base a Teoria da Evidenciação na Contabilidade, reforçam a necessidade das empresas, independente do setor de atuação, divulgarem informações confiáveis e fidedignas que possam atender aos distintos interesses dos usuários.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Clademir Teixeira, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ)

Mestrando em Ciências Contábeis e Administração pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ)

Silvana Dalmutt Kruger, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS/CPNA)

Doutora em Contabilidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Professora do Curso de Ciências Contábeis e do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Mara Vogt, Universidade Regional de Blumenau - FURB

Doutora em Ciências Contábeis e Administração pela Universidade Regional de Blumenau (FURB)
Professora da Graduação e do Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ)

 

Larissa de Lima Trindade, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Doutora em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Professora do curso de Administração da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração (PPGCCA) da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ)

Referências

Alves, R. C., & Calado, L. R. (2019). Características endógenas das companhias frente ao seu nível de disclosure ambiental. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, 7(2), pp. 23-40.
Antonelli, R. A., Portulhak, H., Scherer, L. M., & Clemente, A. (2019). Impacto da adesão aos níveis diferenciados de governança corporativa da BM&FBovespa no risco de companhias reguladas. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 23(2), pp. 92-109.
Araújo, D. J., Andrade, J. P., & Girão, L. F. (2019). Atividades distintas de divulgação e investidores sofisticados. Revista Contabilidade & Finanças, 31(82), pp. 129-144.
Arcar, M., & Temiz, H. (2020). Empirical analysis on corporate environmental performance and environmental disclosure in an emerging market context: socio-political theories versus economics disclosure theories. International Journal of Emerging Markets, 15(6), pp. 1061-1082.
Aria, M., & Cuccurullo, C. (2017). bibliometrix: An R-tool for comprehensive science mapping analysis. Journal of informetrics, 11(4), pp. 959-975.
Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo (70 ed.). São Paulo.
Castro, M. C., Cunha, J. V. A., Scarpin, J. E., & Francisco, J. R. S. (2019). Índice de Disclosure dos Estados Brasileiros e do Distrito Federal com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público: uma análise da similaridade dos entes públicos. Revista Contabilidade e Controladoria, 10(2), pp. 41-57.
Cheynel, E., & Liu-Watts, M. (2020). A simple structural estimator of disclosure costs. Review of Accounting Studies, 25 (1), pp. 201-245.
Consoni, S., & Colauto, R. D. (2016). A divulgação voluntária no contexto da convergência às Normas Internacionais de Contabilidade no Brasil. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 18(62), pp. 658-677.
Conzatti, E. R., Oliveira, N. G., & Martins, V. A. (2021). Nível de Aderência a Evidenciação do Pronunciamento do CPC 28 nas Companhias Brasileiras de Capital Aberto. ConTexto, 21(48), pp. 78-88.
Cunha, J. V. A., & Ribeiro, M. S. (2008). Divulgação voluntária de informações de natureza social: um estudo nas empresas brasileiras. RAUSP. Revista de Administração, 1, pp. 2-6-22.
Demartini, C., & Trucco, S. (2016). Does intellectual capital disclosure matter for audit risk? evidence from the UK and Italy. Sustainability, 8(9), pp. 1-19.
Farias, R. B., Silveira, G. B., Huppes, C. M., & Van Bellen, H. M. (2018). Curtindo e Compartilhando no Facebook: Uma Análise do Disclousure Ambiental de Empresas Brasileiras de Capital Aberto. Revista de Gestão Social e Ambiental, 12(3), pp. 21-38.
Feigin, A., Ferguson, A., Grosse, M., & Scott, T. (2016). Evidence on why firms use different disclosure outlets: Purchased analyst research, investor presentations and Open Briefings. Accounting Research Journal, 29(3), pp. 274-291.
Figueiredo, G. H., Santos, V., &Cunha, P. R. (2017). Práticas de evidenciação em entidades desportivas: Um estudo nos clubes de futebol brasileiros. Enfoque: Reflexão Contábil, 36(1), pp. 01-21.
García-Sánchez, I. M., Raimo, N., & Vitolla, F. (2021). Are Environmentally Innovative Companies Inclined towards Integrated Environmental Disclosure Policies? Administrative Sciences, 11(1), pp. 11-29.
Heflin, F., & Wallace, D. (2017). The BP oil spill: shareholder wealth effects and environmental disclosures. Journal of Business Finance & Accounting, 44(3-4), pp. 337-374.
Huang, S., NG, J., Ranasinghe, T., & Zhang, M. (2021). Do innovative firms communicate more? Evidence from the relation between patenting and management guidance. The Accounting Review, 96(1), pp. 273-297.
Hummel, K., & Schlick, C. (2016). The relationship between sustainability performance and sustainability disclosure–Reconciling voluntary disclosure theory and legitimacy theory. Journal of accounting and public policy, 35(5), pp. 455-476.
Kuo, L., & Chang, B. G. (2021). The affecting factors of circular economy information and its impact on corporate economic sustainability-Evidence from China. Sustainable production and consumption, 27(1), pp. 986-997.
Legoria, J., Reichelt, K. J., & Soileau, J. (2020). Voluntary Disclosure of Country-Level Information and FCPA Violations. Journal of Accounting, Auditing & Finance, 35(4), pp. 1-26.
Lima, E. O., Stettiner, C. F., & Ferreira JR., S. (2021). Balanço social e o “full disclosure” no terceiro setor. Revista de Tecnologia Aplicada, 10(1), pp. 23-39.
Lima, S. L. L., Araújo, M. P., & Murcia, F. D. R. (2021). Fatores determinantes da probabilidade de Divulgação Voluntária de Informações Financeiras das Empresas. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, 9(1), pp. 44-62.
Locatelli, O., Nossa, V., & Ferreira, F. R. (2020). Impacto da evidenciação de informações no valor das ações das sociedades de economia mista. Revista de Contabilidade e Organizações, 14(168631), pp. 2-11.
Lopes, I. F., & Beuren, I. M. (2018). Evidenciação da informação contábil: uma retrospectiva das pesquisas socializadas no congresso ANPCONT. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, 6(2), pp. 58-80.
Lu, J., & Wang, J. (2021). Corporate governance, law, culture, environmental performance and CSR disclosure: A global perspective. Journal of International Financial Markets, Institutions and Money, 70(1), pp. 1-20.
MacLure, K., Paudyal, V., & Stewart, D. (2016). Reviewing the literature, how systematic is systematic? International Journal of Clinical Pharmacy, 38(3), pp. 685-694.
Mahmood, Z., Ahmad, Z., Ali, W., & Ejaz, A. (2017). Does environmental disclosure relate to environmental performance? Reconciling legitimacy theory and voluntary disclosure theory. Pakistan Journal of Commerce and Social Sciences (PJCSS), 11(3), pp. 1134-1152.
Mariappanadar, S., Maurer, I., Kramar, R., & Muller-Camen, M. (2021). Is it a sententious claim? An examination of the quality of occupational health, safety and well-being disclosures in global reporting initiative reports across industries and countries. International Business Review, 31(2), pp. 1-12.
Nishitani, K., Unerman, J., & Kokubu, K. (2021). Motivations for voluntary corporate adoption of integrated reporting: A novel context for comparing voluntary disclosure and legitimacy theory. Journal of Cleaner Production, 322(1), pp. 2-18.
Oliveira, N. G., Besen, F. G., & Junior, V. S. (2020). Nível de Evidenciação das Empresas do Setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis Brasileiras Listadas na Bolsa de Valores do Brasil (B3) A Luz da Teoria da Divulgação. ConTexto, 20(45), pp. 1-18.
Oliveira, R. X., Crabbi, T. M., & Rodrigues, J. M. (2020). Nível de aderência das empresas brasileiras listadas do setor de telecomunicações ao pronunciamento contábil CPC 47.Revista Ambiente Contábil, 12(1), pp. 1-20.
Pacheco, J., & de Souza, M. M. (2019). Associação entre o nível de evidenciação dos ativos intangíveis e o desempenho econômico-financeiro dos clubes de futebol brasileiros. RACE-Revista De Administração, Contabilidade e Economia, 18(3), pp. 447-474.
Pereira, M. d., Lucena, W. G., & Paiva, S. B. (2018). Determinantes da divulgação voluntária do relatório de sustentabilidade nas empresas de energia elétrica e de telecomunicações listadas na BM&FBOVESPA. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 7(2), pp. 300-321.
Pereira, M. R., Pereira, C. M., Silva, M. M., & Pinheiro, L. E. (2017). Características econômicas de empresas e uso de hedge accounting: um estudo em empresas do setor de consumo não-cíclico listadas no Novo Mercado da BM&FBOVESPA. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, 5(2), pp. 74-87.
Pereira, N. A., & Tavares, M. (2018). Evidenciação de Informações Estratégicas e a Volatilidade das Ações. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, 6(2), pp. 114-132.
Pimenta, A. A., Portela, A. R., Oliveira, C. D., & Ribeiro, R. M. (2017). A bibliometria nas pesquisas acadêmicas. Scientia, 4(7), pp. 1-13.
Piva, T. A., Andrade Júnior, D. L., & Marques, J. A. (2020). Ensaio sobre estudos de evidenciação contábil em Clubes do Futebol Brasileiro. Revista Intercontinental de Gestão Desportiva, 10(10023), pp. 1-14.
Qiu, Y., Shaukat, A., & Tharyanc, R. (2016). Environmental and social disclosures: Link with corporate financial performance. The British Accounting Review, 48(1), pp. 102-116.
Ricardo, V. S., Barcellos, S. S., & Bortolon, P. M. (2017). Relatório de sustentabilidade ou relato integrado das empresas listadas na BM&FBovespa: Fatores determinantes de divulgação. Revista de Gestão Social e Ambiental, 11(1), pp. 90-104.
Rocha, E. M., Rebouças, L. S., Silva, J. D., Costa, W. P., & Silva, S. L. (2020). Teoria do disclosure: Hedge accounting nas entidades bancárias. Revista Pretexto, 21(3), pp. 7-30.
Alves, M. R. S., Araújo, R. A. M &Santo, L. M. S. (2019). Análise da relação entre valor de mercado e divulgação do relatório de sustentabilidade: um estudo nas empresas de alto potencial poluidor listadas na B3. Revista de Gestão e Secretariado, 10(2), pp. 59-86.
Rossignoli, F., Stacchezzini, R., & Lai, A. (2021). Integrated reporting and analyst behaviour in diverse institutional settings. Meditari Accountancy Research, 30(3), pp. 819-851.
Sales, J. C., Portulhak, H., & Pacheco, V. (2021). Elementos Marcantes da Prestação de Contas Voluntária das 100 Melhores ONGS do Brasil. Administração Pública e Gestão Social, 13(2), pp. 2-22.
Salotti, B. M., & Yamamoto, M. M. (2008). Divulgação voluntária da demonstração dos Fluxos de Caixa no Mercado de Capitais Brasileiros. Revista Contabilidade & Finanças, 19(48), pp. 37-49.
Sarhana, A. A., & Ntim, C. G. (2019). Corporate boards, shareholding structures and voluntary disclosure in emerging MENA economies. Journal of Accounting in Emerging Economies, 9(1), pp. 2-27.
Silva, A. H., & Fossa, M. I. (2015). Análise de Conteúdo: exemplo de aplicação da técnica para análise de dados qualitativos. Qualitas Revista Eletrônica, 17(1), pp. 1-14.
Silva, J. A. F, & Carvalho, F. A. A. (2009). Evidenciação e desempenho em organizações desportivas: um estudo empírico sobre clubes de futebol. Revista de Contabilidade e Organizações, 3(6), 96-116.
Soares, J. R. (2013). Gestão Contábil e Auditoria das Instituições Esportivas. In: Gestão de Negócios Esportivos, pp. 163-186.
Souza, A. G., Sousa, W. D., Nascimento, J. C., & Bernardes, J. R. (2016). Disclosure em demonstrações financeiras: um estudo sobre o nível de evidenciação contábil de clubes de futebol brasileiros no ano de 2013. PODIUM Sport, Leisure and Tourism Review, 5(3), pp. 1-19.
Trindade, L. L., & Scheibe, L. F. (2014). A gestão dos recursos hídricos a partir de uma análise das políticas públicas. Revista Brasileira de Políticas Públicas, 4(2), pp. 97-116.
Van Breda, M. F., & Hendriksen, E. S. (1999). Teoria da contabilidade (5 ed.). São Paulo: Atlas.
Verrecchia, R. E. (1983). Discretionary disclosure. Journal of accounting and economics, 5(1), pp. 179-194.
Verrecchia, R. E. (2001). Essays on disclosure. Journal of Accounting and Economics, 32(1-3), pp. 97-180.
Vivas, A. B., Ferreira, F. R., & Costa, F. M. (2020). Bad (Good) News and Delay (Anticipation) of Financial Statements’Disclosure. Revista de Administração de Empresas, 60(5), pp. 352-364.
Yang, Y., & Simnett, R. (2020). Financial Reporting by Charities: Why Do Some Choose to Report Under a More Extensive Reporting Framework? Abacus, 56(3), pp. 320-347.
Yook, K. H., Song, H., Patten, D. M., & Kim, I. W. (2017). The disclosure of environmental conservation costs and its relation to eco-efficiency: Evidence from Japan. Sustainability Accounting, Management and Policy Journal, 8(1), pp. 20-42.
Publicado
2025-01-17
Como Citar
Teixeira, C., Dalmutt Kruger, S., Vogt, M., & de Lima Trindade, L. (2025). Revisão sistemática sobre a teoria da evidenciação na contabilidade. Enfoque: Reflexão Contábil, 44(1), 81-96. https://doi.org/10.4025/enfoque.v44i1.65940
Seção
Artigos Originais