EDITORIAL

Abstract

Prezado (a) leitor (a).

Chegamos ao segundo número do quinto volume da Geoingá: Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PGE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Nesta edição, buscamos apresentar novos debates, de diferentes áreas, acerca do espaço geográfico, e debates epistemológicos e metodológicos, com novos vieses e pressupostos. Nesse sentido, os oito artigos que compõem o número derivam de diversas realidades, de reflexões teóricas e de importantes contribuições para a ciência geográfica.

Além da realidade de diferentes regiões paranaenses, como Maringá, Guarapuava, Toledo e Coronel Vivida, apresentam-se estudos (i) do “território dividido” das “gêmeas do Iguaçu” (Porto União, em Santa Catarina, e União da Vitória, no Paraná) e (ii) da região Central do Estado do Rio Grande do Sul.

No primeiro artigo, Araújo discorre acerca da espacialidade nos conceitos-chave do pensamento geográfico. Nesse sentido, ele busca dissertar e debater sobre as principais características desses conceitos, tendo cada qual uma especificidade em sua espacialidade tanto enquanto aporte teórico como aplicação metodológica, no pensamento geográfico.

Na sequência, Dias-Oliveira e Vestena promovem um diagnóstico ambiental preliminar da Bacia do Rio Cascavel (BRC), em Guarapuava, na região Centro-Sul do interior paranaense, por meio da interação de diferentes elementos naturais, como o clima, o solo, a geologia, o relevo, a hidrografia e a vegetação, e de uso e ocupação da terra.

No terceiro artigo, Stasiak apresenta uma análise dos estabelecimentos agroecológicos e suas diferentes territorialidades em relação à organização, produção e comercialização nos seus respectivos estabelecimentos. Para tal, utilizou como recorte espacial o município de Coronel Vivida, localizado no interior do Paraná.

Depois, Deffune e Lima avançam em questões epistemológicas da ciência geográfica e aspectos da história das ciências que produzem efeitos na Escola e na disciplina de Geografia no Ensino Fundamental e Médio. Assim, propõem, para muito além de uma analogia, a escola como um mapa e a Geografia, disciplina, como um território.

No quinto artigo da Revista Geoingá, Peluchen, Ludka e Fraga transitam pelo território de Porto União da Vitória, desde as florestas de araucária até o “território dividido”, em Porto União (SC) e União da Vitória (PR), uma mancha urbana de aproximadamente oitenta mil habitantes, com resquícios do Contestado.

Barros e Albertin promovem um diagnóstico qualiquantitativo da arborização viária, a partir do Street View, no sexto artigo. Para isso, os autores utilizaram a Avenida Euclides da Cunha, em Maringá, Norte do Paraná. Nas cidades, o diagnóstico da arborização é importante para a gestão pública municipal e os autores apresentam uma nova ferramenta de análise.

No sétimo artigo, Xavier e Endlich analisam a microrregião de Toledo, Estado do Paraná, focalizando a questão dos royalties pagos aos Municípios Lindeiros do Lago de Itaipu. Assim, analisam as intensas transformações de ordem física e socioeconômica acerca da realidade dessa região frente aos fatores que geraram os royalties e suas aplicações.

No oitavo e último artigo, Redin aborda o trabalho na roça e a organização da produção da família rural na região Central do Estado do Rio Grande do Sul. Ele verificou a dissonância entre o tradicional (saberes geracionais) e o moderno (tecnológico) e identificou a autodesvalorização do trabalho agrícola, em comparação ao estilo de vida urbana.

Portanto, almejamos que este número da Revista Geoingá possibilite reflexões e inquietações acerca das diferentes perspectivas acerca do espaço geográfico.

Boa leitura!

COMISSÃO EDITORIAL