EDITORIAL
Résumé
Caríssimos(as) leitores(as).
A presente edição da Geoingá, dá continuidade ao número anterior, com artigos selecionados do Sinapeq. Como no volume anterior, aqui também lembramos que em 2009 a Revista Geoingá começou a ser publicada como revista do PGE. O primeiro número foi composto por alguns artigos selecionados do I Simpósio sobre Pequenas Cidades. Em 2016, foi realizado o 4º. Simpósio sobre pequenas cidades – Sinapeq, no Campus da UFU em Ituiutaba. Nesse evento, as sessões de apresentações foram organizadas em sete eixos temáticos, totalizando 118 trabalhos. A realização dessa quarta edição do evento, com elevado número de trabalhos, bem como a notável qualidade deles, indica um avanço da pesquisa sobre esse tema, que era uma lacuna na Geografia Urbana brasileira. É com muita satisfação que a Geoingá dedica dois dos seus números para artigos selecionados do referido evento. São artigos que receberam dos pareceristas do evento, avaliações positivas e expressivas contribuições a pesquisa das pequenas cidades, bem como temas afins.
Neste número, os artigos estão relacionados a inserção econômica das pequenas localidades, seja na perspectiva do turismo, do agronegócio ou de atividades terciárias. Por fim, apresentamos alguns aportes relacionados a questões ambientais.
Uma das ênfases desse volume é a inserção econômica atual de pequenas localidades na rede urbana. Os dois primeiros artigos tratam dessa inserção por meio do turismo. Em “Destinos indutores do turismo: uma estratégia de desenvolvimento para pequenos municípios?”, considera-se entre os 65 destinos indutores no Brasil, dez que são de pequeno porte e a análise contempla os resultados, especialmente sociais, gerados pelo turismo nestas localidades. O segundo artigo voltado ao turismo nesta edição intitula-se: “Turismo comunitário: um caminhar para o desenvolvimento local”, no qual igualmente comparece a preocupação com os resultados sociais trazidos pelo turismo.
Acerca da inserção econômica pelo agronegócio, do mesmo modo, são dois artigos. O primeiro deles, “(Re) Configuração territorial de Alexânia: a inserção municipal na rede de cidades do agronegócio em Goiás”, ressalta a situação geográfica, pois o dinamismo relacionado ao planejamento e desenvolvimento econômico vinculados a Brasília e Goiânia corresponde ao contexto em que se desenvolve de maneira diferenciada Alexânia. O segundo artigo, “A pequena cidade no esteio do agronegócio: transformações socioespaciais no Município de Cristalina, GO”, também analisa na realidade goiana as transformações socioespaciais ocorridas no município de Cristalina.
Em “Invisibilidade da cultura rural da feira livre no plano diretor de São Felipe”, a ênfase é no tratamento da feira, sua expressividade para o desenvolvimento local e como referência cultural e de identidade para a cidade em contraposição ao tratamento recebido no planejamento e gestão.
O sexto artigo, “Produção do espaço e consumo: um estudo a partir da atividade supermercadista em Ituiutaba-MG”, volta-se para atividades terciárias e baseia-se em levantamento de dados quanto aos estabelecimentos cadastrados junto ao Sindicato do Comércio Varejista de Ituiutaba.
No artigo subsequente, “Particularidades da expansão urbana de Viçosa, MG: uma cidade universitária”, o enfoque igualmente é sobre uma peculiar inserção econômica e quanto aos papéis de cidade universitária da cidade de Viçosa, com dados atuais, mas também tratada em uma perspectiva histórica.
Finalizamos esta edição com dois artigos voltados para as questões ambientais. O primeiro, intitulado de “Descarte dos resíduos sólidos no município de Romaria-MG”, trata dessa relevante temática dos resíduos sólidos, em especial chamando a atenção para sua má gestão. Em “Diagnóstico do meio físico da Bacia Hidrográfica do Ribeirão São Lourenço – Ituiutaba/MG”, diversos aspectos ambientais foram estudados por meio de mapas temáticos e técnicas de geoprocessamento, sinalizando para a contribuição para o planejamento e gestão de bacias hidrográficas.
Queremos aproveitar para, mais uma vez, agradecer aos organizadores do evento, aos autores e a Tânia Regina Machado (autora da imagem que vinculamos ao Sinapeq desde sua primeira edição e que se encontra neste editorial), bem como a demais pessoas que tornam viável produzir a Geoingá.
Desejamos boa leitura e que os textos estimulem a reflexão e o debate, bem como esperamos que estimule novos estudos.
Maringá (PR), 13 de julho de 2017.
COMISSÃO EDITORIAL.