DESAFIOS NA RETERRITORIALIZAÇÃO DE INDÍGENAS E CAMPONESES NO RESERVATÓRIO DA HIDRELÉTRICA BELO MONTE-PA: A LUTA POR ESCOLAS RIBEIRINHAS
Resumo
Após remoção compulsória para a construção da hidrelétrica Belo Monte, indígenas e camponeses que se reproduziam nas margens e ilhas do médio rio Xingu passaram a lutar pelo retorno às localidades de onde foram expulsos. Nesse processo de luta por frações do território, uma das dimensões que emergiu foi a luta por escolas ribeirinhas que haviam sido demolidas no quadro de construção da hidrelétrica. Objetiva-se nesse trabalho compreender essa dimensão da luta dos grupos ribeirinhos, considerando a organização social e as interações políticas estabelecidas nesse processo. Para isso, foram privilegiados procedimentos de pesquisa qualitativa, como levantamento e análise de material bibliográfico e documental, além de entrevistas semiestruturadas. Entre os resultados indica-se a conquista de três escolas ribeirinhas no reservatório principal da hidrelétrica Belo Monte como decorrência da atuação do Conselho Ribeirinho, organização formada por representantes das comunidades atingidas no âmbito das lutas sociais por direitos territoriais, incluindo direito à educação.
Palavras-chave: Conselho Ribeirinho. Escolas Ribeirinhas. Hidrelétrica Belo Monte.