AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DO BRASIL NA NOVA REPÚBLICA: POSSIBILIDADES QUANTO À MOBILIDADE IDEOLÓGICA
Résumé
Este artigo expõe resultados preliminares de uma tese de doutoramento, os dados já foram expostos a uma banca de qualificação, desta forma o material em questão objetiva realizar uma análise geral quanto à construção de um conceito, a mobilidade ideológica. Este último procura integrar a questão da mobilidade na conjuntura das preferências políticas e ideológicas da população brasileira, bem como seus ciclos de alternância de ideologia política frente a escolha eleitoral e assim estabelecer as suas possibilidades como ferramenta de análise a partir da ciência geográfica. Neste sentido, a geografia, por ser o ramo científico que aborda a inter-relação das ações antrópicas com o meio físico-natural, a priori, não teria condições plenas de utilizar a ideologia, visto que o termo é colocado, por autores diversos, como preponderante apenas no plano das ideias, e não, portanto, no contexto da realidade espacial. Contudo, buscar-se-á nesta leitura identificar influências ideológicas que se concretizam no espaço geográfico a partir dos resultados das eleições presidenciais sucedidas no período da Nova República, isto é, os pleitos ocorridos entre 1989 e 2018, a geografia se encontra inserida nas políticas públicas de cada identidade ideológica eleita e seus resultados são concretizados no espaço, exemplifica-se tal questão a partir da redução de desigualdade que pode ser refletida na paisagem. Como metodologia de análise, adotou-se a perspectiva crítica dialética e utilizou-se como investigação leituras teóricas que abordam o conceito de mobilidade e ideologia. Para catalogação de dados, buscou-se informações secundárias a partir de informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de modo que foram integrados em forma de tabulação e mapeamento.