GINGA E RESISTÊNCIA: DO SOM DO BERIMBAU À SONORIDADE DA SABEDORIA ANCESTRAL DA CAPOEIRA ANGOLA, UM MOVIMENTO CONTRA A DISCRIMINAÇÃO INSTITUCIONAL NA EDUCAÇÃO
Resumo
Fruto da disciplina “Interculturalidade e Educação Popular: saberes afro-ameríndios decoloniais” e do programa Fala Mestres, este texto apresenta as experiências vivenciadas por um grupo de doutorandas em Educação. Unidas pela palavra “amor” – escolhida como base durante uma dinâmica da disciplina –, elas se dedicaram a aprofundar seus estudos com o Mestre Aranha, referência na Capoeira Angola em Uberaba, Minas Gerais. O grupo reconhece o potencial da Capoeira Angola como recurso pedagógico para a transformação social e de luta contra a discriminação institucional na educação. O objetivo é refletir sobre esse potencial, com base nas experiências vivenciadas com o mestre. A metodologia adotada é a Bionarrativa Social, que valoriza aspectos culturais e saberes locais em diálogo com a biodiversidade. A pesquisa inclui revisões bibliográficas, visitas e observações em rodas de capoeira, além do diálogo com o Mestre Aranha. A síntese da pesquisa revela a Capoeira Angola como um espaço inclusivo e universal, com inúmeros benefícios para seus participantes e para a sociedade. Além de ancestral, a Capoeira Angola é uma atividade secular que mantém a tradição, a luta contra a discriminação e vivência a prática da equidade – pontos fundamentais em um ambiente educacional.
