CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA E SUA EXPANSÃO NO TERRITÓRIO BRASILEIRO

  • Glauco Nonose Negrão Universidade Estadual de Maringá
  • Maria Eugênia Moreira Costa Ferreira Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Geografia da saúde, Epidemiologia, Migração

Resumo

Compreender os aspectos epidemiológicos atuais da distribuição territorial da leishmaniose tegumentar americana (LTA) no território brasileiro requer caracterizar os fatores migracionais históricos, de cunho regional, que intervieram na transmissão da doença entre 1980 a 2010. Pela análise dos casos importados segundo Sistema de Informação de Agravos de Notificações – SINAN e principais fenômenos migratórios históricos no Brasil neste período, destaca-se a expansão territorial da doença direcionada pela difusão a partir de áreas com alta prevalência em escala regional (ciclos econômicos) ou local (pendular refluxo). Na área de estudo, a extensão e severidade da doença variam pelo endemismo ou ocorrência esporádica, com condições ecológicas específicas nas diferentes regiões geográficas brasileiras. O percurso da epidemia pode ser associado a nível regional e local, com intensidade de fluxos em diferentes períodos históricos, em áreas consideradas endêmicas. Fatores demográficos e econômicos estão diretamente relacionados com risco de infecção na área de estudo, observável dentro de um determinado contexto histórico. Estudos geográficos representam valiosos subsídios para compreensão epidemiológica e planejamento de atividades de saúde pública.

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Biografia do Autor

Glauco Nonose Negrão, Universidade Estadual de Maringá
Biólogo, Geógrafo, Especialista em Gestão Ambiental, Mestrado e Doutorado em Geografia da saúde pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. Professor colaborador da Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO.
Maria Eugênia Moreira Costa Ferreira, Universidade Estadual de Maringá
Possui graduação em Geografia - Bacharelado e Licenciatura - pela Universidade de São Paulo (1974), graduação em Comunicações - Habilitação Jornalismo pela Fundação Armando Álvares Penteado (1973), mestrado em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo (1980) e doutorado em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo (1995). Atualmente é professora associada nível A na Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia da Saúde e Biogeografia, atuando principalmente nos seguintes temas: geografia da saúde - leishmaniose, dengue; biogeografia, levantamento fitogeográfico e fitogeografia das formações relictuais de savana (cerrado) e de savana-estépica (caatinga) no Paraná
Publicado
2014-06-25
Seção
Artigos