O PROBLEMA AGRÁRIO E A COLONIZAÇÃO DA FRONTEIRA ORIENTAL DO PARAGUAI: “LA MARCHA PARA EL ESTE”

  • Henrique Manoel Silva uem

Resumen

A colonização da região oriental do Paraguai levada a efeito no início dos anos 1970 pelo governo de Stroessner decorreu em grande medida da urgente necessidade naquele momento de conter o grave problema agrário que gerava inúmeros conflitos de terra entre minifundistas e latifundiários na zona central do país. A criação do Instituto de Bienestar Rural (IBR), foi uma das formas buscadas para amenizar tais conflitos, retirando tanto os ocupantes quanto os demais agricultores pobres dessa região de entorno da capital, induzindo-os e reassentando-os nas novas colônias agrícolas no norte e no leste do país. Seu principal instrumento era o programa de criação de colônias com o fito oficial de expandir a fronteira agrícola, através da criação e ampliação das unidades econômicas. As deficiências das ações do IBR em atingir os primeiros objetivos possibilitaram o massivo ingresso dos colonos brasileiros na região da fronteira oriental, cuja disponibilidade de recursos e familiarização com as culturas de mercado se mostraram mais atrativas aos interesses do governo e dos agentes imobiliários que passaram a atuar naquelas regiões. Tal situação levaria num curto intervalo de tempo a reprodução em nova escala dos mesmos mecanismos especulativos e excludentes que caracterizavam a exploração dos recursos naturais do país, ampliando as mazelas e vicissitudes do problema fundiário historicamente irresoluto. Este artigo é parte constitutiva e um desdobramento das reflexões contidas no livro intitulado Fronteireiros de autoria do mesmo autor.

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Biografía del autor/a

Henrique Manoel Silva, uem

Departamento de Fundamentos da Educação DFE

Programa de Pós-Graduação em Geografia PGE

Publicado
2015-12-16
Sección
Artigos