O LIRISMO E O ESPAÇO NA POESIA DE EUGÊNIO DE ANDRADE

  • Amanda Aparecida Rodrigueiro UEM

Resumen

A poesia de Eugênio de Andrade, conhecido pelo retrato do homem e da vida, inseridos na paisagem natural elementar, revela a busca constante da (re)construção humana no espaço pictórico/poemático. Sob essa perspectiva de estudo, objetiva-se discutir de que forma o espaço, permeado pelos quatro elementos, presente nos poemas de Eugênio de Andrade, traz à tona a corporeidade da natureza humana, essencialmente espacial (enquanto integrada à natureza) e a vivifica pela linguagem poética. Essa reflexão salienta ainda questões subjetivas que, perpassadas por imagens espaciais, reverberam a identidade do homem, enquanto um ser corpóreo inserido ao cosmos, reconhecida somente pela linguagem que o constitui. Para essas reflexões, serviram de base as discussões sobre o espaço poético, conforme M. Blanchot, Santos e Oliveira, Ida Alves, entre outros, que apresentam a imagem e a paisagem como forma efetiva de revelação lírica. Desse modo, objetiva-se discutir de que forma ocorre a recriação da paisagem nos poemas “Sul” e “Lugar do sol” e como esses poemas corporificam a natureza humana (espacial integrada à natureza) recriando-a por meio da linguagem poética. Conforme as leituras, pode-se afirmar que os poemas eugenianos são imagens espaciais, mais especificamente, são paisagens do homem, que se funde aos elementos naturais por meio de uma linguagem altamente pictórica, e assim, o humano é revelado na sua interioridade, por meio de uma exterioridade que se mescla e se funde aos elementos naturais. Tudo isso graças a um movimento de metáforas cromáticas e imagéticas.

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Biografía del autor/a

Amanda Aparecida Rodrigueiro, UEM
Letras - Literatura
Publicado
2015-12-16
Sección
Artigos