ANÁLISE DAS RELAÇÕES SOCIAIS E ESPACIAIS NAS MINAS DO CAMAQUÃ, EM CAÇAPAVA DO SUL- RIO GRANDE DO SUL

  • Rogério Marques Silva

Resumen

As atividades sociais implicam constantemente em uma série de transformações. E será o Espaço Geográfico o resultado de tal realidade. Após 130 anos de extração mineral, Minas do Camaquã,pequeno povoado formado a partir da exploração de cobre no município de Caçapava do Sul- RS guarda, em sua estrutura, diferentes momentos da lógica capitalista, onde o ritmo da produção determina o comportamento sócio-espacial. Em meio a ruínas de vilas e prédios da Companhia Brasileira do Cobre, 150 famílias residem remanescentes de épocas em que o cobre dinamizava toda a estrutura. Na época de plena atividade, chegou-se a ter 6000 habitantes nas Minas do Camaquã. O objetivo deste trabalho é fazer uma análise das relações sócio-espaciais desenvolvidas durante o período de exploração cuprifera, observado na fase da Companhia Brasileira do Cobre-CBC, compreendido entre os anos 1950 e 1990. Como procedimento metodológico foram aplicados questionários e entrevistas qualitativas tanto aos ex- moradores como junto aos atuais residentes do local. Verificando-se os resultados, pode-se perceber umarelação social profundamente marcada pela organização do capital, um tecido social nitidamente estratificado, sob um permanente controle pelos donos dos meios de produção sob a classe operária. Tal controle acontecia somente na estrutura das vilas, mas principalmente no mundo das relações entre as pessoas. Esta segregação sócio-espacial, os traços identitários da população local que ainda existe após vinte anos de exploração de cobre são oprincipal enfoque deste artigo.

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Publicado
2017-12-29
Sección
Artigos