A encruzilhada de Exu
um diálogo entre a sociedade disciplinar e uma educação para a vida
Resumo
Em que consiste o diálogo em torno da emergência da sociedade disciplinar e uma educação para a vida a partir dos horizontes de uma pedagogia da encruzilhada? Partindo deste questionamento, apresenta-se um texto-oferenda, um sacrifício pelo qual toda a sabedoria de Èsù é cuspida, oferendada como ebó, compreendida como uma política do vazio em torno de uma experiência ética da educação, que se ergue em meio aos escombros dos dispositivos de colonização provenientes da academia. Em um primeiro momento nosso texto procurará pensar as correlações entre a mortificação dos corpos abjetos e a destituição da memória ancestral pelas mãos da educação como projeto político. Já o segundo momento é voltado para a dimensão performática de Èsù como possibilidade de uma educação para a vida desde a perspectiva da decolonialidade.
Downloads
Referências
BENTO, Cida. O Pacto da Branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
CÉSAIRE, Aimé. Discurso Sobre o Colonialismo. Tradução: Noémia de Souza. Lisboa: Sá da Costa, 1978.
FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. Tradução: José Laurenio de Melo. 2ªed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
FERNANDES, Alexandre de Oliveira. Em narrativas amadianas, Exu: a boca que tudo come. Revista Criação & Crítica, [S. l.], n. 18, p. 20-37, 2017. DOI: 10.11606/issn.1984-1124.v0i18p20-37.
Disponível em: https://www.revistas.usp.br/criacaoecritica/article/view/128857. Acesso em: 20 nov. 2023.
FOUCAULT, Michel. A Hermenêutica do Sujeito. Tradução de Márcio Alves da Fonseca e Salma Annus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Tradução: Raquel Ramalhete. 42ª ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
HOOKS, Bell. Ensinando a Transgredir: a educação como prática de liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
GILROY, Paul. O Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: 34, 2001.
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano. Tradução de Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
KRENAK, Ailton. Ideias Para Adiar o Fim do Mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LE GOOF, Jacques. História e Memória. Tradução: Bernardo Leitão. 7ª ed. Campinas: UNICAMP, 2013.
MBEMBE, Achile. Necropolítica. São Paulo: N-1, 2018.
MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de. A Travessia da Calunga Grande: três séculos de imagens o negro no Brasil (1637-1899). São Paulo: EDUSP, 2012.
RAMOS, Danielle de Cássia. Afonso. SEPÚLVEDA NETO, Manuel Jesus Guerra. “Exu matou um pássaro ontem com uma pedra que só jogou hoje”: caminhos para uma educação antirracista no Distrito Federal. Revista Calundu. v. 5, n. 2, p. 65-77. 2022. DOI:10.26512/revistacalundu.v5i2.41407.Disponível:https://periodicos.unb.br/index.php/revistacalundu/article/view/41407. Acesso em: 16 nov. 2023.
ROLNIK, Suely. Esferas da Insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: N-1, 2018.
RUFINO, Luiz. Pedagogia das Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula editorial, 2019.
RUFINO, Luiz. Vence-demanda: educação e descolonização. Rio de Janeiro: Mórula editorial, 2021.
SIMAS, Luiz Antonio. RUFINO, Luiz. Fogo no Mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula editorial, 2018.
SODRÉ, Muniz. Pensar Nagô. Petrópolis: Vozes, 2017.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o Subalterno Falar? Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida. Marcos Pereira Feitosa. André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Autêntica, 1010.
Copyright (c) 2023 Rodrigo Diaz de Vivar y Soler, RAFAEL ARALDI VAZ , Thomas Teixeira Fidryszewski (Autor)

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 3.0 (CC BY 3.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.