MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ENCAMINHADOS POR PACIENTES ÀS UNIDADES DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE UMUARAMA,PR
Resumo
O objetivo desta pesquisa foi analisar o gerenciamento dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde (RSS) gerados em domicílio e encaminhados a estabelecimentos públicos de saúde do município de Umuarama – PR. A coleta de dados foi dada por meio de um formulário em entrevista com os responsáveis das unidades que detém o maior conhecimento no gerenciamento dos RSS. Os resultados revelaram que os pacientes encaminharam às unidades pesquisadas RSS do grupo A (gazes, sondas, luvas, tiras reagentes), B (medicamentos) e E (agulhas com seringas acopladas, lancetas e ampolas). Os medicamentos e perfurocortantes foram os RSS que obtiveram uma maior frequência de descarte. Quanto aos recipientes utilizados como acondicionamento, verificou-se a presença de diversos tipos como: sacos plásticos, garrafas PET, potes de sorvete, caixas de sapato, frascos de azeitona/maionese/álcool, e caixas de isopor. Notou-se a ausência de postos e recipientes de coletas, profissionais específicos no manejo, recipientes de transporte interno e local para o armazenamento externo dos resíduos. Os resultados obtidos neste estudo permitem concluir que muitos pacientes possuem a consciência de descartar corretamente os RSS que geram em domicílio. Portanto, cabe aos estabelecimentos de saúde estarem equipados para receber os RSS domiciliares e garantir que estes materiais tenham um manejo adequado, seguro e uma disposição final correta conforme preconizado pela legislação vigente.
Downloads
Referências
ALVES, S. B.; SOUZA, A. C. S.; TIPPLE, A. F. V.; REZENDE, K. C. D.; REZENDE, F. R.; RODRIGUES, É. G. Manejo de resíduos gerados na assistência domiciliar pela estratégia de saúde da família. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 65, n.1, p. 128-134, 2012.
ANDRÉ, S. C. S., MENDES, A. A., RIBEIRO, T. M. L., SANTOS, A. P. M., VEIGA, T. B.; TAKAYANAGUI, A. M. M. Resíduos gerados por usuários de insulina em domicílio: Proposta de protocolo para unidades de Saúde. Revista ciência, cuidado e saúde, v.11, n. 4, 235-239, 2012.
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
BRASIL. RDC n° 306, de 07 de dezembro de 2004. Regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Brasília: ANVISA, 2004.
CRESTANA, G. B.; SILVA, J. H. Fármacos residuais: Panorama de um cenário negligenciado. Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 9, p. 55-65, 2011.
DAUGTON, C.G. Cradle-to-cradle stewardship of drugs for minimizing their environmental disposition while promoting human health. II. Drug disposal, waste reduction, and future directions. Environmental health perspectives, v.111, n. 5, p. 775-785, 2003.
FRANÇA, R.G; RUARO, E.C.R. Diagnóstico da disposição final dos resíduos sólidos urbanos na região da Associação dos municípios do Alto Arani (AMAI) Santa Catarina. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, n.6, p. 2191-2197, 2009.
GARCIA, L. P.; ZANETTI-RAMOS, B. G. Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: uma questão de biossegurança. Caderno de Saúde Pública, v. 20, n. 3, p. 744-752, 2004.
GÓES, H. C. Coleta seletiva, planejamento municipal e a gestão de resíduos sólidos urbanos em Macapá/AP. Revista Internacional de Direito Ambiental e Políticas Públicas, n. 3, p. 45-60, 2011.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades @. 2017. Disponível em< http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=412810 Acesso em: 27 de fev. de 2019.
JACOBI, P. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, n. 118, p.189-205, 2003.
NAGASHIMA, L.A.; BARROS JÚNIOR, C.; ARAÚJO, C.C.; SILVA, E.T.; HOSHIKA, C. Gestão integrada e resíduos sólidos urbanos – uma proposta para o município de Paranavaí, Estado do Paraná, Brasil. Acta Scientiarum Technology, v. 33, n. 1, p. 39-47, 2011.
PARANÁ. Resolução conjunta nº 002 de 31 de maio de 2005. Secretária de Estado do meio ambiente e recursos Hídricos-SEMA/SESA. Curitiba: SEMA, 2005.
PASCHOALIN FILHO, J.A.; SILVEIRA, F.F.; LUZ, E.G.; OLIVEIRA, R.B. Comparação entre as massas de resíduos sólidos urbanos coletadas na cidade de São Paulo por meio de coleta seletiva domiciliar. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 3, n. 3, p. 19-33, 2014
PINTO, G.M.F; SILVA, K.R. PEREIRA, R.F.A.B.P.; SAMPAIO, S.I. Estudo do descarte residencial de medicamentos vencidos na região de Paulínia (SP), Brasil. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 19, n.3, p. 219-224, 2014.
RUIZ, J.B.; SANTOS, L.N.D. Caracterização e quantificação dos resíduos perfurocortantes gerados por diabéticos do município de Umuarama, PR. Ciência & Saúde Coletiva [periódico na internet] (2018/out). [Citado em 28/02/2019]. Está disponível em: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/caracterizacao-e-quantificacao-dos-residuos-perfurocortantes-gerados-por-diabeticos-do-municipio-de-umuarama-pr/17005.
SANTOS, L.N.; RUIZ, J.B. Gerenciamento dos resíduos de saúde produzidos por diabéticos insulinodependentes do município de Umuarama, PR. InterfacEHS – Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade, v. 13, n. 2, p. 2-12, 2018.
SANTOS, L.N.; RUIZ, J.B.; CAMILO, R. Proposta para o gerenciamento de resíduos de saúde em unidades públicas do município de Umuarama, PR. Revista Tecnológica, v. 28, n.1, p. 74-84, 2019.
STACCIARINI, T. S. G.; PACE, A. E.; IWAMOTO, H. H. Distribuição e utilização de seringas para aplicação de insulina na Estratégia Saúde da Família. Revista Eletrônica de Enfermagem, v.12, n.1, p.47-55, 2010.
VAZ, K. V.; FREITAS, M. M.; CIRQUEIRA, J. Z. Investigação sobre a forma de descarte de medicamentos vencidos. Cenarium Pharmacêutico, v. 4, n.4, p. 3-27, 2011.
Os autores podem manter os direitos autorais pelo seu trabalho, mas repassam direitos de primeira publicação à revista. A revista poderá usar o trabalho para fins não-comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho em bases de dados de Acesso Livre.