Análise de argamassas confeccionadas com a cinza do bagaço da cana-de-açúcar em substituição ao agregado miúdo
Abstract
O Brasil é o maior produtor mundial no complexo sucroalcooleiro, exercendo a liderança em todos os segmentos (energia, açúcar e álcool). No processo de produção gera-se como resíduo o bagaço, utilizado para a co-geração de energia por meio da queima em caldeiras, restando ao final as cinzas residuais do bagaço da cana-de-açúcar (CBC), geralmente lançadas ao meio ambiente de forma inadequada. As cinzas ocupam lugar de destaque dentre os resíduos agroindustriais por resultarem de processos de geração de energia e sabe-se que muitas dessas cinzas não possuem reatividade hidráulica ou pozolânica, mas que ainda assim podem ser utilizadas na construção civil como materiais inertes. Este trabalho faz parte de uma pesquisa maior que pretende utilizar a CBC como substituto do agregado miúdo em componentes para infra-estrutura urbana. As cinzas utilizadas neste trabalho foram coletadas em quatro usinas da região de São Carlos, em um raio de 150km. Foram realizados ensaios de caracterização química, granulometria, massa unitária, massa específica e análise de contaminantes. Adicionalmente, foram moldados corpos-de-prova de argamassa com a CBC em substituição a areia natural e verificada a resistência à compressão aos 7, 14 e 28 dias, e a retração por secagem, aos 56 dias. Os resultados indicaram que as amostras de CBC possuem propriedades físicas semelhantes as da areia natural. As argamassas produzidas com a CBC em substituição a areia natural apresentaram resultados melhores que os exemplares de referência.Downloads
Download data is not yet available.
Published
2010-01-08
How to Cite
Lima, S. A., Sales, A., Moretti, J. P., & Santos, T. J. dos. (2010). Análise de argamassas confeccionadas com a cinza do bagaço da cana-de-açúcar em substituição ao agregado miúdo. Revista Tecnológica, 87-97. https://doi.org/10.4025/revtecnol.v0i0.8747
Section
Articles
Os autores podem manter os direitos autorais pelo seu trabalho, mas repassam direitos de primeira publicação à revista. A revista poderá usar o trabalho para fins não-comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho em bases de dados de Acesso Livre.