ANÁLISE DAS PROPRIEDADES DO CONCRETO COM USO DE REJEITO DE MINÉRIO DE FERRO
Resumo
Este estudo avaliou as propriedades do concreto com substituição parcial do agregado miúdo por rejeito de minério de ferro (RMF), visando contribuir para a sustentabilidade na construção civil e reduzir o impacto ambiental da mineração. Especificamente, foram investigadas a resistência à compressão (fc), módulo de elasticidade (E), massa específica real (ρreal), absorção de água (Abs) e índice de vazios (ivazios) em amostras com RMF em diferentes teores (30% e 50%) e idades (7, 28 e 150 dias). Foi constatado que 30% de RMF melhoram a fc em até 50% após 150 dias, enquanto 50% de RMF a diminuem, sugerindo que há um limite ótimo para a substituição que beneficia a integridade estrutural. A incorporação de RMF também reduziu o E e a Abs nas amostras com 30% de RMF, indicando que o RMF pode atuar eficientemente como um filler até esse teor de substituição. O estudo sugere que o RMF é uma alternativa viável que pode reduzir a extração de recursos naturais, diminuir os custos de produção e contribuir para a economia circular na construção civil, com potencial para mudanças significativas no consumo de materiais convencionais e na gestão de resíduos de mineração.
Downloads
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 67: Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16697: Cimento Portland – Requisitos. Rio de Janeiro, 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16917: Agregado Graúdo - Determinação Da Densidade E Da Absorção De Água. Rio de Janeiro, 2021.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 17054: Agregados - determinação da composição granulométrica - método de ensaio. Rio de Janeiro, 2022.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto - ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211: Agregados para concreto - Requisitos. Rio de Janeiro, 2022.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9604: Abertura de poço e trincheira de inspeção em solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas — procedimento. Rio de Janeiro, 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9778: Argamassa e concreto endurecidos - determinação da absorção de água, índice de vazios e massa específica. Rio de Janeiro, 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Dosagem do Concreto Pelo Método ABCP. 2020. 51 slides, color. Disponível em: https://abcp.org.br/wp-content/uploads/2020/07/Metodo_Dosagem_Concreto_ABCPonLINE_22.07.2020.pdf. Acesso em: 15 ago. 2020.
LI, Y. et al. Compressive strength and composite pore structure parameters of iron ore tailings ball concrete. Construction and Building Materials, v. 347, p. 128611, 2022.
LV, Z.; JIANG, A.; LIANG, B. Development of eco-efficiency concrete containing diatomite and iron ore tailings: Mechanical properties and strength prediction using deep learning. Construction and Building Materials, v. 327, p. 126930, 2022.
FORSTER, P. M. et al. Current and future global climate impacts resulting from COVID-19. Nature Climate Change, v. 10, n. 10, p. 913-919, 2020.
RAMOS, L. T. et al. Iron ore tailings as a new product: A review-based analysis of its potential incorporation capacity by the construction sector. Cleaner Waste Systems, p. 100137, 2024.
SHETTIMA, A. U. Evaluation of iron ore tailings as replacement for fine aggregate in concrete. Construction and Building Materials, v. 120, p. 72-79, 2016.
USGS. Mineral Commodity Summaries 2023, St. Louis, 2023. [Online].
ZHANG, W. et al. Effects of iron ore tailings on the compressive strength and permeability of ultra-high performance concrete. Construction and Building Materials, v. 260, p. 119917, 2020.
ZHAO, S.; FAN, J.; SUN, W. Utilization of iron ore tailings as fine aggregate in ultra-high performance concrete. Construction and Building Materials, v. 50, p. 540-548, 2014.
Os autores podem manter os direitos autorais pelo seu trabalho, mas repassam direitos de primeira publicação à revista. A revista poderá usar o trabalho para fins não-comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho em bases de dados de Acesso Livre.