Inventário de Orfeu: máscaras e algo mais

  • Deniz Alcione Nicolay Universidade Federal da Fronteira Sul
Palavras-chave: Tragédia. Filosofia. Arte. Escrita.

Resumo

Este artigo é escrito num tom ensaístico. Fala da relação conflituosa entre a arte trágica e a filosofia socrático-platônica. Atribui aos personagens de tal filosofia o uso de máscaras, conforme o momento e a intencionalidade de seu pensamento filosófico. Nesse sentido, invoca a originalidade dos mistérios órficos a fim de fazer frente ao conceito de mimesis aristotélica, uma vez que esse conceito, assim como a obra de Platão, procura domesticar a força instintiva que brota da essência dionisíaca da arte. É o afastamento do mythos grego em direção ao discurso racional do logos que provoca essa perda do sentido trágico original. Entre as máscaras da Tragédia e da Comédia existe algo mais, assim como o mito de Orfeu é envolto de enigmas. Afinal, quem é o mentor de Orfeu? Apolo ou Dionísio?

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Biografia do Autor

Deniz Alcione Nicolay, Universidade Federal da Fronteira Sul
Graduado em Pedagogia. Mestre em Educação pelo PPGEDU/UFRGS. Doutorando em Educação pelo mesmo programa. Pesquisador na linha temática "Filosofia da Diferença e Educação". Membro do DIF: artistagens, fabulações, variações. Professor assistente na área de Fundamentos da Educação da UFFS (campus Cerro Largo RS).
Publicado
2011-11-18
Como Citar
Nicolay, D. A. (2011). Inventário de Orfeu: máscaras e algo mais. Revista Urutágua, (26), 125-134. https://doi.org/10.4025/revurut.v0i26.14068