(In)justiça na avaliação escolar: concepções em jogo nos conselhos de classe
Palavras-chave:
Justiça, avaliação, conselho de classe
Resumo
O direito à educação, apregoado pelas sociedades contemporâneas, enfrenta obstáculos, tais como a qualidade do ensino e a permanência na escola. A avaliação escolar apresenta-se como um elemento central para pensar essa questão, pois ela pode expressar formas de exclusão escolar e social. Este artigo faz uma reflexão sobre um dos espaços mais emblemáticos da avaliação, que é o momento dos conselhos de classe, onde são reunidos professores e gestão escolar para discutir a aprovação/reprovação dos estudantes. Neste estudo, objetiva-se analisar as concepções de justiça que orientam a decisão dos professores sobre o resultado da avaliação atribuída aos estudantes. A pesquisa qualitativa foi realizada com base no método etnográfico, utilizando a técnica de observação participante em sete conselhos de classe referente a turmas do ensino médio de uma escola pública ao longo de um ano letivo. Os resultados apontam que os professores consideram aspectos sobre as diferenças que permeiam os percursos de vida e escolar dos estudantes e as desigualdades sociais para decidir sobre a aprovação. Ressalta-se uma concepção de justiça que justifica a aprovação pelo conselho de classe como uma forma de proteção dos vulneráveis.Downloads
Não há dados estatísticos.
Publicado
2017-12-28
Como Citar
Petró, V. (2017). (In)justiça na avaliação escolar: concepções em jogo nos conselhos de classe. Revista Urutágua, (36), 223-241. https://doi.org/10.4025/revurut.vi36.39456
Edição
Seção
Pensamento Social
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na Revista Urutágua, editada pelo Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Maringá, o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais co-autores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo à Universidade Estadual de Maringá e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9609, de 19/02/98)