A visão contra-hegemônica através da personagem Dorothy na narrativa Os velhos marinheiros de Jorge Amado

  • Kaleandra do Nascimento Viana Universidade Estadual de Santa Cruz
Palavras-chave: feminino, sujeição, contra- hegemônico

Resumo

O artigo intenta apresentar como ocorreu a narração contra-hegemônica da personagem Dorothy, descrita sob a ótica do Capitão Vasco Moscoso de Aragão. A tal personagem apresenta-se marcada pelo escape ideológico, longe de tornar-se opaca e de sobrepuja-se aos ditames masculinos. Devido à fuga ao hegemônico – supremacia de uma determinada ideologia, molde social –, Amado apresenta da parte do personagem masculino, certo receio ao narrar a real identidade da sua amada. Preconceituosamente, este cria uma nova imagem, numa situação que contorna a realidade, sujeitando-a, pela sua escolha de vida. Por meio do percurso histórico, serão abordados fatos que mostrarão o comportamento da mulher nos anos 20, tendo como foco principal a obra Os Velhos Marinheiros – duas histórias do cais da Bahia (AMADO, 2002). Este artigo tem como aporte literário a obra de Jorge Amado e como teórico: CHAUÍ (2008), MATTELART; NEVEU (2006), DEL PRIORE (1993; 2001), PERROT (1995), ROCHA (1995). Contam ainda outras obras como as já ditadas nas referências, assim como o acesso à internet, sobre o assunto. Deste modo, essa análise objetiva expor de que maneira a personagem feminina, em seu hibridismo cultural encontra-se narrada distanciada da visão falologocêntrica.

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Biografia do Autor

Kaleandra do Nascimento Viana, Universidade Estadual de Santa Cruz
Aluna de graduação do VII semestre em Letras, Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz. Bolsista de Iniciação Científica do Programa PIBIC/CNPq, orientada pela Profª. Drª. Sandra Maria Pereira do Sacramento, líder do grupo de pesquisa Representações identitárias híbridas da nação, constante da Plataforma Lattes/ CNPq.
Publicado
2010-10-13
Como Citar
Viana, K. do N. (2010). A visão contra-hegemônica através da personagem Dorothy na narrativa Os velhos marinheiros de Jorge Amado. Revista Urutágua, (22), 75-83. https://doi.org/10.4025/revurut.v0i22.9249