As As problemáticas entorno da condição servil (séc. XII-XIII)

mudanças conjunturais na exploração do trabalho na França

Resumen

Resumo: as dificuldades conceituais e empíricas entorno da servidão já animaram as mais diversas matizes historiográficas, e ainda polariza tendências analíticas. O campo historiográfico, especialmente destacado na medievalística francesa, cingiu-se durante longas décadas no debate jurisdicional: procurava-se, em linhas gerais, definir juridicamente a servidão; imergia-se, assim, na vastidão jurídica medieval que tencionava à compreensão historiográfica ora a capitulação, ora a produção de um mosaico de particularismo que pouco esclarece as tendências conjunturais do período que permitam caracterizar a questão servil. Capturar, nesse sentido, uma relação social complexa e, fundamentalmente, consuetudinária, repleta de oscilações histórico-regionais exige, a rigor, um esforço teórico-metodológico que inclinem à análise às condições objetivas e pragmáticas dos níveis de exploração camponesa. A proposição do presente artigo é explorar, sobretudo em face dos registros documentais do período, as dinâmicas que caracterizavam as condições objetivas da servidão no reino da França e as inflexões conjunturais configuradas entorno do início do século XIII.