Vida e "morte" de um edifício da realeza
análise patrimonial do Museu Nacional do Rio de Janeiro
Resumo
O patrimônio histórico brasileiro passou por diversas transformações desde a formalização do Decreto No 25 de 1937 para que fosse reconhecido, posteriormente, como um conceito que detém tipologias diversas: como patrimônio material e imaterial. Este artigo tem como objeto de estudo o Museu Nacional do Rio de Janeiro, proeminente lugar de memória e patrimônio histórico da nação brasileira que, até setembro de 2018, figurava como o maior acervo de antropologia e história natural da América Latina. O objetivo deste artigo é apresentar um pouco da história do Museu Nacional do Rio de Janeiro, com a finalidade de compreender o seu processo de tombamento ao analisar suas justificativas de preservação e de conservação sócio-cultural. Faremos isso em duas etapas: primeiramente, trataremos de uma breve introdução do patrimônio histórico no Brasil e, posteriormente, apresentaremos o Museu Nacional do Rio de Janeiro e seu processo de tombamento.
Downloads
Referências
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Organizado por Cláudio
Brandão de Oliveira. Rio de Janeiro: Roma Victor, 2002. 320 p.
BRASIL. Decreto-lei n0 25, de 30 de novembro de 1937. Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Rio de Janeiro: Palácio do Catete, [1937]. Disponível em:
BRASÍLIA. Gabinete da Presidência. Ofício n0 629, de 17 de maio de 2019. Dispõe sobre as premissas para a intervenção do IPHAN no edifício do Museu Nacional e nas coleções. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Disponível em:
CANÔNICO, Marco Aurélio. Bicentenário Museu Nacional, o mais antigo do país, tem problemas de manutenção. Folha de São Paulo, 30 maio 2018. Disponível em:
CARVALHO, Claudia Rodrigues (Org.). 500 dias de Resgate: memória, coragem e imagem. Rio de Janeiro: Museu Nacional, 2021.
CHOAY, Françoise. Monumento e monumento histórico. In: Choay, Françoise. A alegoria do patrimônio. Lisboa: Edições 70, 1999. p. 11-27.
COUTINHO, Sidney Rodrigues. Museu Nacional realiza balanço de peças recuperadas após o incêndio. Conexão UFRJ, 6 abr. 2021. Disponível em:
CUNHA, Murilo Bastos da. Um museu em chamas: o caso do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Revista Íbero-Americana de Ciência da Informação, Brasília, v. 12, n. 1, p. 1-3, jan./abr. 2019. Disponível em:
2023.
DANTAS, Regina. Quando um museu dá samba. In: OLIVEIRA, Antônio José Barbosa de (org.). Universidade e lugares de memória. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fórum de Ciência e Cultura, Sistemas de Biblioteca e Informação, 2008. p. 127-144. Disponível em:
FONSECA, Maria Cecília Londres. Para além da pedra e cal: por uma concepção ampla de patrimônio cultural. In: Abreu, Regina; Chagas, Mário (orgs.). Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. 2. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009. p. 59-79.
FRANCO, Luiza. Humanidade perdeu mais com incêndio do Museu Nacional do que na Notre-Dame, diz diretor da instituição brasileira. BBC News Brasil, 2019.
Disponível em:
GOMES, Ana Lúcia de Abreu; LOPES, Maria Margaret. O processo de tombamento da primeira sede do Museu Nacional na atual Praça da República – Rio de Janeiro.
Tempo, Niterói, v. 25, n. 3, p. 647-666, set./dez. 2019. Disponível em:
HÁBITOS culturais dos cariocas. População residente na cidade do Rio de Janeiro com 12 anos ou mais. Rio de Janeiro: DataFolha, 2013. Disponível em:
INCÊNDIO que destruiu Museu Nacional começou em aparelho de ar-condicionado, afirma PF. G1, 06 jul. 2020. Disponível em:
LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. In: Le Goff, Jacques. História e Memória. 7. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
LIMA, Maria de Lourdes; SANTOS, Almiraci Dantas dos. A gestão de Ladislau Netto no Museu Nacional: uma janela para o contemporâneo. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, [S.L.], v. 14, 2021. Disponível em:
MARQUES, Fabrício. Esperança frustrada. Pesquisa, n. 272, out. 2018. Disponível em:
MOUTINHO, Laura. A tragédia do Museu Nacional, a tragédia dos museus. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 61, n. 3, p. 4-6, set./dez. 2018. Disponível em:
PESSOA, Carolina. Cinco anos após incêndio, Museu no Rio busca restauração e modernidade. Agência Brasil, 02 set. 2023. Disponível em:
REZENDE, Maria Beatriz et al. Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - SPHAN. In: REZENDE, Maria Beatriz; GRIECO, Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON, Analucia (orgs.). Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. Rio de Janeiro, Brasília: IPHAN/DAF/Copedoc, 2015.
(verbete). Disponível em:
SANT’ANNA, Marcia. A face imaterial do patrimônio cultural: os novos instrumentos de reconhecimento e valorização. In: ABREU, Regina; CHAGAS, Mário (orgs.). Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. 2. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009. p.
49-57.
SOUZA, Luiz Paulo. Destruído por incêndio, Museu Nacional começa a reunir novas coleções. Veja, 09 maio 2024. Disponível em:
SOUZA, Talita de. Incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, completa três anos; relembre. Correio Braziliense, 02 set. 2021. Disponível em:
VEYNE, Paul. Uma atividade intelectual. In: Veyne, Paul. Como se escreve a história: Foucault revoluciona a história. 4. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998.
VISONI, C.; MOURÃO, L.; REINÉS, T. Construtora Adolpho Lendenberg – 50 anos. São Paulo: Conectar Comunicação, 2004.
ZAMUDIO, Kelly et al. Lack of science support fails Brazil. Science, v. 361, n. 6409,
p. 1322-1323, set. 2018. Disponível em:
Copyright (c) 2024 Daniel Lula Costa, Matheus Fernandes Bonini Enares

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.