<b>Avaliação do estado cognitivo e fragilidade em idosos mais velhos, residentes no domicílio</b> DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v13i1.20033
Resumo
Com o crescente envelhecimento populacional é possível verificar um importante aumento de morbidades, não apenas no que se refere ao surgimento de doenças crônicas, mas também à detecção de importantes alterações cognitivas e incapacidades físicas. Como exemplo, cita-se a fragilidade, síndrome definida como um estado fisiológico de maior vulnerabilidade aos estressores, envolvendo fatores biológicos, físicos, cognitivos, sociais, econômicos e ambientais. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o estado cognitivo, através do Miniexame do Estado Mental (MEEM), a fragilidade por meio da Edmonton Frail Scale (EFS) e identificar as relações entre a função cognitiva e fragilidade de idosos mais velhos que vivem no domicílio. Trata-se de uma pesquisa observacional do tipo transversal. A coleta de dados foi realizada no domicílio, após aprovação do Comitê de Ética. Foram entrevistados 50 idosos com idade média de 84,48 anos, em sua maioria do sexo feminino, casados e com predomínio de indivíduos de baixa escolaridade. Observou-se que 83,3% dos idosos não frágeis não apresentam déficit cognitivo. Dentre os frágeis, 20,4% apresentaram déficit cognitivo, sendo 30% de mulheres. Foi possível verificar correlação entre o escore bruto do MEEM, idade e fragilidade na amostra estudada. A partir desses dados, verifica-se a importância de uma avaliação geriátrica multidimensional com especial atenção ao estado cognitivo e à fragilidade. Assim, sugere-se que o MEEM e a EFS sejam instrumentos utilizados na avaliação de saúde dos idosos.