Sobre os paradigmas de Kuhn, o problema da incomensurabilidade e o confronto com Popper
DOI:
https://doi.org/10.4025/actascitechnol.v22i0.3064Palavras-chave:
Kuhn, Popper, confronto, ciência, incomensurabilidadeResumo
Discutimos o relato kuhniano sobre o desenvolvimento da ciência. Dedicamos atenção especial aos conceitos de paradigma, ciência normal, ciência extraordinária, incompatibilidade e incomensurabilidade. Ao compararmos as mecânicas newtoniana e relativista nós chegamos í conclusão de que o processo revolucionário correspondente contém ambos, tanto elementos de continuidade quanto elementos de descontinuidade. Os elementos de continuidade justificam o princípio de correspondência que conecta ambas as tradições e, consequentemente, também justificam a comensurabilidade entre as duas tradições. Por outro lado, a existência de elementos de descontinuidade implica também uma ruptura conceitual drástica, a qual não pode ser adequadamente compreendida simplesmente se nos ativermos ao limite matemático envolvido no processo de correspondência. Por exemplo, na mecânica newtoniana, diferentemente do que se dá para a mecânica relativista, massa e energia são conceitos dicotômicos, não convertíveis entre si. Argumentamos que ambos, tanto o relato kuhniano quanto o relato popperiano, este último constituído por revoluções permanentes através de conjecturas e refutações, não são completamente adequados para dar conta do empreendimento científico real. A ciência é mais complexa do que aquilo que ambas as abordagens podem dar contaDownloads
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