In the tangles of experience: notes, sketches and imagination to understand the environment
Abstract
Neste ensaio falamos em ambientes e agências e como eles se encontram, adversamente, no esteio da ideia corrente de transdisciplinaridade, multidisciplinaridade e transgressão em fazer universitário que tende a ser disciplinar, monocrático e conservador, pois, a rigor, o dito acadêmico exige uma conceitualização do saber, no simulacro de se ter um ‘objeto de pesquisa’. Assim, nós queremos destacar que o fazer epistêmico é colonizado e seu poder é dado a quem tem poder e, portanto, ousamos caminhar sob labirintos, nas frestas, entre borrões de coisas não estabelecidas, às vezes negadas, mas potentes em criatividade e também imaginativas. Partimos de uma perspectiva reflexiva própria e apropriada e tendemos a apresentar provocações que possam contribuir com a discussão já bem estabelecida do pensamento sobre as relações humanas e não-humanas. Para tanto, passamos em revista o pensamento de Tim Ingold, antropólogo britânico que tem contribuído de forma importante para essa discussão na contemporaneidade. Finalmente, destacamos a dinâmica ensaística para pensar uma relação entre a epistemologia e o conceito de agência, tomando como desafio refletir sobre como os ambientes estão continuamente em formação devido às atividades das criaturas humanas e não-humanas; a evolução da forma é uma atividade situada destes seres; e que é nos emaranhados da experiência, notas, rascunhos e imaginação que compreendemos o ambiente.
Downloads
References
Referências
Barabási, A. L. (2003). Linked: the new science of networks. New York, NY: Perseus Pub.
Calvino, I. (2002). Seis propostas para o próximo milênio: lições americanas. São Paulo, SP: Editora Companhia das Letras.
Cassino, J. F. (2021). O sul global e os desafios pós-coloniais na era digital. In J. F. Cassino, J. Souza, & S. A. Silveira, Colonialismo de dados: como opera a trincheira algorítmica na guerra neoliberal (p. 13-31). São Paulo, SP: Autonomia Literária.
Chalmers, A. F. (1993). O que é ciência afinal?. São Paulo, SP: Brasiliense.
Descartes, R. (2000). Discurso do método. In R. Descartes, Os pensadores: Descartes (33-100). São Paulo, SP: Editora Nova Cultural.
Dimantas, H. (2010). Linkania: uma teoria de redes. São Paulo, SP: Editora Senac São Paulo.
Duarte, L. F. D. (2018). Ciências humanas e neurociências: um confronto crítico a partir de um contexto educacional. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 33(97), 3-20. DOI: https://doi.org/10.1590/339702/2018
Guattari, F. (1990). Las tres ecologías. Campinas, SP: Papirus.
Hacker, P. M. (2007). Natureza humana. Porto Alegre, RS: Artmed Editora.
Ingold, T. (2006). Sobre a distinção entre evolução e história. Antropolítica, 20(10), 17-36.
Ingold, T. (2008). ‘Pare, Olhe, Escute! Visão, Audição e Movimento Humano’. Ponto Urbe, 1(3), 1-53.
Ingold, T. (2010). Da transmissão de representações à educação da atenção. Educação, 33(1), 6-25.
Ingold, T. (2011). ‘Gente como a gente’: o conceito de homem anatomicamente moderno, Ponto Urbe,1(9), 1-25.
Ingold, T. (2012). Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos, 18(37), 25-44. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-71832012000100002
Ingold, T. (2017). On human correspondence. Journal of the Royal Anthropological Institute, 23(1), 9-27. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-9655.12541
Ingold, T. (2019). Antropologia: para que serve?. Petrópolis, RJ: Vozes.
Ingold, T. (2023). Tim Ingold. Recuperado de: https://www.timingold.com/
Ingold, T. (2023a). Domande dal fiume Yamuna. Animot, 1(13), 109-113.
Ingold, T. (2023b). A breath of fresh air: or, why the body is not embodied. SubStance, 52(1), 100-107. DOI: https://doi:10.1353/sub.2023.a900536
Ingold, T. (2023c). Sobre não conhecer e prestar atenção: como caminhar em um mundo possível. Esferas, 1(26), 279-308. DOI: https://doi.org/10.31501/esf.v1i26.14466
Latour, B. (2012).Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede.Salvador, BA: Edufba.
Leitão, F. M. A. S. (2001). Francis Bacon e a interpretação da natureza: o caminho para o progresso das ciências. In J. G. Vasconcelos, A. G. Magalhães Júnior, & J. M. Fonteles Filho (Orgs.), Ditos (mau)ditos (p. 23-32). Fortaleza, CE: Editora Gráfica LCR.
Mafra, C., Bonet, O., Velho, O., & Prado, R. (2014). A antropologia como participante de uma grande conversa para moldar o mundo. entrevista com Tim Ingold. Sociologia & Antropologia, 4(2), 303-326. DOI: https://doi.org/10.1590/2238-38752014v421
Marteleto, R. M. (2007). Informação, saúde, transdisciplinaridade e a construção de uma epistemologia social. Ciência & Saúde Coletiva, 12(1), 576-579.
González de Gómez, M. N. (2007). As autoras respondem. Ciência & Saúde Coletiva, 12(1), 579-585.
Montagner, M. Â., & Montagner, M. I (2011). A teoria geral dos campos de Pierre Bourdieu: uma leitura. Revista Tempus: Actas de Saúde Coletiva, 5(2), 255-273.
Meneghetti, F. K. (2011). O que é um ensaio-teórico?. Revista de Administração Contempânea, 15(2), 320-332.
Nagel, T. (2001). Uma breve introdução à filosofia.São Paulo, SP: Martins Fontes.
Perdomo Marín, J. C. (2020). La ramificación ontológica: evaluación crítica de la antropología contemporánea. Hallazgos, 17(34), 273-302. DOI: https://doi.org/10.15332/2422409X.5283
Pitrou, P. (2015). Uma antropologia além de natureza e cultura?. Mana,21(1), 181-194. DOI: https://dx.doi.org/10.1590/0104-93132015v21n1p181
Ochoa-Manjarrés, M. T. (2019). El lenguaje ambiental: una cultura del cuidado de la salud. Revista Colombiana de Sociología,42(1), 117-134. DOI: https://doi.org/10.15446/rcs.v42n1.72386
Reale, G., & Antiseri, D. (1990). História da filosofia: do humanismo a Kant (Vol. 2). São Paulo, SP: Paulus.
Russel, B. (2001). História do pensamento ocidental. Rio de Janeiro, RJ: Ediouro.
Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos da Bahia [SEI]. (2016). Perfil dos territórios de Identidade. Salvador, BA: SEI.
Silva, R. C. M. (2011). A teoria da pessoa de Tim Ingold: mudança ou continuidade nas representações ocidentais e nos conceitos antropológicos?. Horizontes Antropológicos, 17(35), 357-389. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-71832011000100012
Vaz, H. C. L. (1991). Antropologia filosófica I. São Paulo, SP: Ed. Loyola.
Zilles, U. (2002). Filosofia da religião.São Paulo, SP: Paulus.
Zuboff, S. (2018). Big other: capitalismo de vigilância e perspectivas para uma civilização de informação. In F. Bruno, B. Cardoso, M. Kanashiro, L. Guilhon, & L. Melgaço (Orgs.), Tecnopolíticas da vigilância: perspectivas da margem (p. 17-68). São Paulo, SP: Boitempo.
Watts, D. J. (2009). Seis graus de separação: a evolução da ciência de redes em uma era conectada. São Paulo, SP: Leopardo.
DECLARATION OF ORIGINALITY AND COPYRIGHTS
I Declare that current article is original and has not been submitted for publication, in part or in whole, to any other national or international journal.
The copyrights belong exclusively to the authors. Published content is licensed under Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0) guidelines, which allows sharing (copy and distribution of the material in any medium or format) and adaptation (remix, transform, and build upon the material) for any purpose, even commercially, under the terms of attribution.
Read this link for further information on how to use CC BY 4.0 properly.