Frieza burguesa: apontamentos para uma teoria da formação da subjetividade moderna
Resumen
Nossa época pode ser caracterizada como a Era da Indiferença – com a generalização e a globalização da frieza burguesa em todas as dimensões da vida social. A metáfora da frieza e o seu termo correlato, a indiferença, tornaram-se lugar comum na cultura contemporânea, em diversos diagnósticos para caracterizar as distorções morais e expressar o mal-estar pelo estado moral da sociedade. Gruschka defende que a frieza burguesa constitui o tópos moral-filosófico central nos escritos de Horkheimer a Adorno, buscando no pensamento desses autores os elementos fundamentais para o desenvolvimento de uma teoria da frieza. Com base na tese do autor, buscamos as raízes teóricas do pensamento dos frankfurtianos sobre esse tema em três vertentes do pensamento ocidental sobre a civilização moderna, mediante três conceitos: a razão instrumental, na perspectiva sociológica de Max Weber; a racionalidade da autoconservação, que emerge na psicologia de Sigmund Freud; e a lei da equivalência, conceito capital no pensamento de Karl Marx. Em Horkheimer e Adorno, esses conceitos são associados em sua estrutura a um mesmo princípio que fundamenta a sociedade burguesa. Os apontamentos para uma teoria da frieza burguesa contribuem para a compreensão sobre o seu recrudescimento na sociedade contemporânea à beira de uma recaída na barbárie extrema.
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