A memória do cotidiano no trabalho Conquistense: o caso do Parque Ambiental da Lagoa das Bateias
Résumé
O presente artigo tem como objetivo proceder à análise sobre a memória e o cotidiano do trabalho urbano da cidade de Vitória da Conquista (Bahia). Durante o século XX a cidade passou por um profundo processo de urbanização marcado fortemente pelo avanço das relações capitalistas no estado da Bahia. A cidade está localizada ao sul da Chapada Diamantina, mais precisamente, no Território de Identidade de Vitória da Conquista, sendo o município um polo regional captador de recursos e investimentos. Como tentativa de compreender as consequências sociais que essa lógica impõe ao citadino, partiu-se de uma abordagem histórica apoiada em pesquisa bibliográfica para se compreender o conceito de cidade e as intersecções com a literatura específica sobre o desenvolvimento da cidade de Vitória da Conquista. Para o desenvolvimento da pesquisa empírica, foi realizada uma investigação de campo, no Parque Ambiental Lagoa das Bateias, por meio de entrevistas com moradores e usuários. Em outra frente, buscou-se contato com o setor público e realizou-se pesquisas junto ao arquivo municipal. As entrevistas foram feitas sob a perspectiva da História Oral, segundo pressupostos de Portelli (1997), considerando-se a área estudada segundo a narrativa inicial de um morador antigo, sendo depois entrevistados outros moradores, em sistema de rede. Dessa maneira, estruturou-se um recorte histórico da década de 1940 à contemporaneidade. O presente texto retratará o período das primeiras ocupações até a construção do parque. Pela análise do cotidiano, a pesquisa revelou a face espoliativa do processo de urbanização promovido pelo capital; cujo cerne é a produção de novas contradições na sociedade e a forma como Vitória da Conquista, caracterizada como cidade de médio porte, teve o seu cotidiano condicionado às exigências mercadológicas.
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